O treinador do FC Porto, Sérgio Conceição, comentou o regresso dos dragões aos treinos.
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Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, abordou o regresso ao trabalho no Olival e recordou as últimas semanas, em que os jogadores treinaram em casa, monitorizados pela equipa técnica dos dragões. O técnico diz mesmo que o treino em casa pode ser mais exigente.
"Começar [programa] a horas foi difícil, devido ao trabalho de preparação para iniciar os trabalhos no Olival. Há sempre muita coisa a trabalhar, para que as coisas aconteçam de uma forma muito profissional, como gosto. E isso, se calhar por algum desconhecimento que as pessoas possam ter, arriscar-me-ei a dizer que se trabalha mais em casa do que no Olival. É outro tipo de trabalho, a que não estamos habituados. Podem imaginar o que é ter 25 atletas em casa, em espaços diferentes, onde são exigidas todas as componentes que achamos essenciais, para que o atleta se mantenha em forma, adequando a cada espaço a utilização de todo o material que temos disponibilizado, para que todos tenham o mesmo registo. Não é fácil. Depois, neste fim de semana, em que estamos a preparar o regresso dos treinos no Olival, requer muita comunicação entre as pessoas que têm essa responsabilidade, com toda a logística para que os jogadores recomecem os trabalhos no seu espaço habitual, de forma natural", explicou no programa "FC Porto em Casa".
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"Aquilo que faço é chatear um pouco a minha família. Passo muito do meu tempo a fazer atividade física, mas principalmente a falar com a equipa técnica e a perceber e a ver situações de jogo onde a equipa esteve este ano inserida e também sobre as equipas que temos de defrontar. Se tive tempo suficiente para ver todos os jogos e analisar ao pormenor os adversários, claro que sim e o futebol tem que ver com isso", acrescentou.
"No plano semanal e no microciclo de competição que definimos, calculamos que no domingo é folga. Segunda-feira é trabalho de recuperação, como se viessem de um dia de folga depois do jogo de um fim de semana; no dia seguinte um trabalho direcionado para uma componente mais de força, de outras situações que queremos e que quisemos adaptar para cada jogador, independentemente do espaço de cada um; quarta-feira normal de trabalho no Olival que requeria uma disponibilidade maior em termos de intensidade e volume; quinta e sexta mais curto e sexta daríamos maior durabilidade, volume e intensidade para depois descansarem ao domingo", detalhou sobre os planos traçados para os jogadores.
"Tudo isto é feito de forma individual e estamos sempre em contacto. Nesse aspeto, a equipa técnica teve fantástica a comunicar com todos os sectores. Tentámos não causar monotonia no trabalho, com um adjunto a falar hoje com a defesa, amanhã com o meio-campo e no outro dia com o ataque", finalizou.