Apreensão com o que se considera ser dualidade de critérios. Exposição e pedido de audiência ao Conselho de Arbitragem estão a ser equacionados pelo clube.
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O trabalho dos árbitros continua na mira do Sporting e depois das queixas que se seguiram ao clássico, o clube de Alvalade pondera novas medidas.
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Os leões estão desagradados, preocupados e apreensivos com o que consideram ser dualidade de critérios das arbitragens nos jogos dos três grandes, com alegado prejuízo para o Sporting, e nesse sentido estão a equacionar a possibilidade de fazer uma exposição ou pedir uma audiência ao Conselho de Arbitragem, ou então manter o "modus operandi" anteriormente citado e continuar a mostrar indignação através de intervenções públicas dos seus responsáveis.
Verdes e brancos já levantaram a voz logo a seguir ao clássico, e emitiram um comunicado a pedir alteração de critérios de intervenção do VAR e a antever a a apresentação de recomendações
O clássico contra o FC Porto fez os leões perderem a paciência e insurgirem-se. Primeiro foi o treinador Rúben Amorim, na entrevista rápida à televisão e na sala de Imprensa, e depois o presidente Frederico Varandas, no auditório de Alvalade, que reagiram de forma dura ao trabalho do árbitro Luís Godinho. Na altura, ambos alegaram a tal dualidade de critérios após o árbitro, com a ajuda do VAR, ter revertido um penálti a favor dos leões e a expulsão do portista Zaidu. O técnico dos verdes e brancos acusou ainda Luís Godinho de ter ouvido pior que o que ele terá dito, vindo do banco portista, para com o qual o árbitro não teve o mesmo procedimento, já que só Amorim acabou expulso. E participações do Conselho de Arbitragem, organismo na mira dos leões, estiveram precisamente na origem dos processos instaurados pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol a Varandas e a Amorim. Os leões, refira-se, já apontaram o dedo ao VAR, criticando os critérios de intervenção e apresentando ideias para a sua melhoria e alteração.
Numa análise puramente estatística das primeiras cinco jornadas da Liga, verifica-se que o Sporting vê um cartão a cada 4,1 faltas, o Benfica a cada 6,5 e o FC Porto a cada 7,6 (não considerado o vermelho por acumulação de amarelos de Zaidu contra o Gil Vicente). É precisamente face ao FC Porto que os leões veem maior desigualdade no critério arbitral.