Antes do Euro'2024, há o Vino Euro: "Aqui temos dois milhões, mas talvez seja em rolhas"
Portugal será anfitrião do certame que junta futebol e uma mostra de vinhos de oito países europeus. Toni associou-se e todos querem um título antes das contas na Alemanha
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Antes do Europeu na Alemanha, há o Vino Euro 2024, certame em que Portugal, com a honra de anfitrião, quererá subir degraus até à consagração final. Toni faz o papel de selecionador, Quim Berto, antigo lateral do Vitória e do Sporting, de estrela nacional, recrutada pelo seu mérito. Também podia ser Toy, o leque de escolha era aberto.
O restante elenco, de 30 jogadores, constitui a missão portuguesa na Bairrada, onde o futebol se mistura com autêntica feira de vinhos e oito países fazem desfilar os jogadores pelo campo e pelas adegas, fazendo sentir a sua arte para cheirar e sentir o paladar das mais distintas reservas vinícolas. De 22 a 25 deste mês, abrindo acessos à Mealhada, Anadia e Oliveira do Bairro, Portugal procurará, além de seduzir com um bom espumante e um bem caprichado leitão, vingar o fator casa na sua preparação mais profissional da competição, após ter terminado no 4.º lugar em 2022, na Chéquia.
Com grande músculo organizativo de Pedro Andrade, presidente da Associação de Futebol dos Vitivinicultores, cumplicidade das autarquias envolvidas e um apoio muito estreito na logística desportiva dado por Paulo Vida, avançado que fez a sua história na Liga e que tem marcado golos pelo orgulho de representar Portugal na elite, nesta ligação próspera entre um embriagante toque de letra e um aroma dos deuses. Além da carolice de quem participa, há um amplo negócio em carteira, a troca de experiências e a valorização dos néctares de cada país, pois cada jogador é obrigado a somar na sua inscrição uma marca de vinho para a mostra global.
“É preciso entender que a comunidade do vinho é muito importante para a economia portuguesa. Não é só uma bebida para nos deixar mais alegres, é um estado de espírito!”, evidencia e justifica Paulo Vida. “Envolve inúmeros postos de trabalho. Este evento terá um efeito superior à maior feira nacional de exportação, pois teremos cá 300 pessoas vindas dos estrangeiro, todas a representar empresas de fora. Temos aqui uma mais-valia muito boa. É uma brincadeira, um hobbie, todos temos o gosto de jogar futebol, mas há aqui um lado mais sério do que se tende a pensar”, explica Ricardo Magalhães, o rosto mais novo do elenco.
Bairradino de gema, Toni respondeu ao apelo de ser o rosto mediático de Portugal, procurando mais um troféu na sua longa carreira. Este atípico, mas muito especial por todo o enquadramento. “Ganhei uma Taça no Kuwait, mas o presidente era um unhas de fome e não deu prémio. Aqui temos dois milhões, mas talvez seja em rolhas”, brinca, valorizando a prova.
“É uma forma de se cruzarem com outros países produtores de vinho e haverá intercâmbio. É conviver e desfrutar no campo. Que se divirtam e que ganhem”, destacou.