"Vice" participou no Portugal Football Summit e disse que há jogadores mais fortes do que marcas. "Liga dos Campeões? Há impacto direto nos jogadores, aumenta o seu valor e diminuem-se as dúvidas que podem ter sobre vir jogar para Portugal", explica o dirigente leonino.
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André Bernardo, vice-presidente do Sporting, participou este sábado no painel "Crescer com Alma: Como os Clubes se Expandem Sem Perder a Sua Herança", no Portugal Football Summit. O dirigente leonino esteve acompanhado de Mirwan Suwarso, presidente do Como, e Stacy Johns, Chief Business Officer do Los Angeles FC.
Naturalmente, dirigiu o seu discurso para o Sporting, começando por destacar o trabalho feito na Academia Cristiano Ronaldo, jogador formado no Sporting e nome incontornável do futebol mundial, e a influência que o nome do astro português tem em todas as ações do clube.
"O nosso core business é o desporto e os jogadores são uma componente fundamental. Os jogadores são heróis, mas também são pessoas e há pessoas que, por vezes, descuram este aspeto, tentam copiar. Na era digital, estes jogadores são muito mais poderosos do que algumas marcas. Cristiano Ronaldo é a maior marca do mundo e é uma pessoa única. Naturalmente, tem uma equipa que o apoia, mas é um "one man show"", sublinhou, recordando que oitenta por cento dos jogadores que venceram o Europeu de 2016 eram "formados no Sporting".
"O Cristiano é bom exemplo, mas há outros, que vieram de origens humildes e difíceis. Todos sabem a história do Cristiano, da mãe, uma grande fã do Sporting, foi ela que o trouxe quando era menino para a academia", comentou André Bernardo, olhando também para o exemplo Geovany Quenda.
"Temos a Academia, vejam o Quenda, as suas origens, é bom que tenham esta ligação emocional ao clube. Ultrapassa o mundo do futebol. Muitos vivem na academia desde os 12, 13 anos. De mil jovens só 0,1% é que têm sucesso."
A presença na Liga dos Campeões é determinante para o sucesso financeiro e reputacional de um clube com a dimensão do Sporting. "Primeiro há o retorno financeiro, mas em termos de reputação tudo muda se temos historial na Champions. Quando se começa a entrar, a publicidade e atenção que a marca recebe são enormes. Também há impacto direto nos jogadores, aumenta o seu valor e diminuem-se as dúvidas que podem ter sobre vir jogar para Portugal. Há efeitos diretos e indiretos. É uma passagem para o palco global", explicou o responsável leonino.
André Bernardo falou ainda de projetos que estão em cima da mesa. "Vamos mudar a plataforma de comércio eletrónico, vamos lançar o My Way. É a canção, o hino do clube. Estamos a apostar na personalização, cabe às pessoas escolher a sua própria coleção, combinar várias peças. Trata-se de nos aproximarmos do público com as ferramentas que temos, podemos fazê-lo a nível internacional. Esperamos que estas e outras ferramentas nos ajudem a chegar a um público mais internacional".