Aliados dispensa jogador após as eleições: "Não posso dizer que foi por questões políticas..."
Jorginho era apoiante da candidatura de Joaquim Mota, pelo Movimento "Juntos Por Paredes", à Junta de Freguesia de Lordelo. Deixou o clube no dia seguinte às Autárquicas.
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Jorginho Sousa foi despedido do Aliados de Lordelo, um dia depois das eleições autárquicas. A saída do jogador, apoiante da candidatura de Joaquim Mota, pelo Movimento «Juntos Por Paredes», à Junta de Freguesia de Lordelo, tem sido associada a razões políticas, algo que o atleta não confirma... nem desmente.
"Eu não posso dizer que foi por questões políticas, porque isso nunca saiu da boca deles. Para começar, no dia em questão, cheguei lá estavam lá alguns elementos da Direção que fiz questão de cumprimentar e eles nada me disseram. E depois, foi-me pedido para ir falar com o treinador e foi o próprio a despedir-me. Foi um empregado a despedir outro empregado. Tudo o que ele disse, foi, para mim, tudo mentira. Eu é que chamei a Direção e, nessa reunião, confrontei-os com tudo o que o treinador disse. Tudo o que foi dito pelo treinador, a Direção em questão disse o contrário", afirmou o jogador, em declarações ao jornal O JOGO.
O jogador lamentou a falta de uma explicação concreta e clara sobre a saída. "Não foi uma surpresa total, porque já vinha a notar qualquer coisa, notava uns olhares de desconfiança, aquelas pequenas coisas. Mas por tudo, acabei por ser apanhado de surpresa. Este é o clube onde queria acabar a minha carreira e fico muito, muito triste por tudo isto. Sinto-me injustiçado. Pedi justificações plausíveis e não me deram. Disseram que foi o treinador. A Direção disse que tinha de aceitar porque o treinador assim o disse. É uma falta de consideração, respeito e profissionalismo. Foi um empregado a dispensar outro empregado. Gostando ou não gostando, sei que era uma mais valia para o plantel, sei que o clube gosta de mim. Sei que acrescento no que faço", explicou.
A O JOGO, o presidente Filipe Carneiro rejeitou que a saída do jogador tenha qualquer motivo político como justificação.