Árabes levaram nega à primeira oferta de 40 M€, mas mostraram disponibilidade para subir a parada
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O FC Porto rejeitou ontem uma proposta de 40 milhões de euros por Galeno feito pelo Al Ittihad, mas as negociações prosseguiram pela noite fora porque o emblema saudita manifestou a intenção de subir a parada. A SAD liderada por André Villas-Boas tenta resistir a este assédio de última hora para evitar uma perda significativa do ponto de vista desportivo. Basta dizer que estamos a falar do melhor marcador da equipa neste arranque de temporada, mesmo estando a jogar numa posição mais recuada. Por outro lado, a concretizar-se a venda, hoje, do internacional brasileiro, o FC Porto fica sem grande margem, para não dizer nenhum, para ir ao mercado contratar uma alternativa.
De acordo com o que O JOGO apurou, à hora do fecho da edição impressa desta segunda-feira as conversas ainda decorriam com o Al Ittihad a acenar com valores milionários que podem tornar Galeno, de 26 anos, numa das maiores vendas de sempre do FC Porto. Mesmo assim, a intenção da Direção azul e branca é manter o jogador, peça fundamental no xadrez de Vítor Bruno. Mas há o “receio” de que os árabes cheguem aos 50 M€ fixos, um valor que se tornará quase impossível de dizer que não, já que se aproxima do estipulado na cláusula de rescisão de Galeno que é de 60 milhões de euros desde que, em janeiro, renovou contrato até 2028.
Convém sublinhar que o mercado de transferências na Arábia Saudita também encerra hoje, pelo que este “braço-de-ferro” é igualmente uma corrida contra o tempo. Por isso mesmo, o Al Ittihad tem um avião fretado pronto a descolar do aeroporto Francisco Sá Carneiro para levar Galeno caso haja um entendimento entre os clubes. A parte burocrática, porém, pode ser tratada em Portugal, assim como a realização de exames médicos.
Recorde-se que Galeno foi, igualmente, associado a Nottingham Forest, Roma e Juventus, durante este mercado de verão, mas a SAD portista nunca se mostrou interessada em negociar, até porque os milhões de que se falava eram muito abaixo do que considerava ser o verdadeiro valor de um jogador que é internacional brasileiro e que, por exemplo, integrou o onze ideal da última edição da Liga dos Campeões. Esta época leva cinco golos em cinco jogos, isto apesar de ter atuado nos últimos encontros como lateral-esquerdo.