Declarações de Fernando Mendes à saída do tribunal, onde foi ouvido esta sexta-feira como arguido.
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Fernando Mendes, um dos arguidos no processo do ataque à Academia do Sporting, foi ouvido esta sexta-feira em tribunal, em mais uma sessão do julgamento. O antigo líder da Juventude Leonina abordou a conversa que teve com Bruno de Carvalho após a derrota na Madeira, referindo tratar-se de uma conversa de bêbados, e até de um telemóvel das cavernas falou.
"Apesar das divergências que tenho com Mustafá a respeito da marca [Juve Leo], não esqueço as pessoas que estiveram sempre comigo, ao meu lado. Sempre funcionei sozinho, nunca fui de bairros, bandos, grupos organizados ou gangues, o que tiver de fazer faço. Não preciso de mais ninguém. Só fui falar com Jorge Jesus. Quando entrei já não estavam seguranças na entrada", disse depois Fernando Mendes, já no exterior do tribunal.
"Quem não deve não teme, estou à vontade e confiante de que vou ser absolvido, estou de consciência tranquila. Estive na reunião com Bruno de Carvalho, mas não me recordo de ele ter dito 'façam o que quiserem', eu estava a falar com outras pessoas. Se disse isso, só ele saberá o significado. Agora, para mim [presença na claque], devido à minha doença, acabou. Mas continuaria a ser o mesmo", disse ainda.
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"Tinha boa relação com Bruno de Carvalho", garantiu Fernando Mendes, que foi questionado se os jogadores pediam ajuda quando se metiam em problemas nas saídas à noite. "Não sei, não é do meu tempo. Na minha altura falávamos e conversávamos, e se tivesse que dar uns 'cascutos', dava, mas atualmente... De 2011 para cá não sei como funciona a Juve Leo", respondeu.
As conversas telefónicas com Bruno de Carvalho após a derrota na Madeira voltaram a ser comentadas. "A primeira foi 1'12''. A segunda é ele que me liga e eu estava muito excitado, era muita poncha", atirou.