Bruno de Carvalho falou sobre o papel do treinador numa visita da Juve Leo à Academia do Sporting em dezembro de 2017.
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Bruno de Carvalho marcou presença esta sexta-feira no julgamento do processo do ataque à Academia do Sporting e, perante as juízas Sílvia Pires e Fátima Almeida, o ex-presidente leonino recordou uma visita da claque Juventude Leonina a Alcochete em dezembro de 2017, seis meses antes do ataque de 15 de maio de 2018.
"Geraldes era o OLA. Levou um não e o Jesus justificou se com um 'estava a passar de carro e...'. Eu no meu gabinete a vê-los entrar. Disse a Jesus que na próxima vez que me desautorizasse ia para a rua. O Jesus disse-me que estava a entrar de carro e que ao vê-lo deixou-os entrar", relatou Bruno de Carvalho, que falou também da intenção de despedir o treinador.
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"Sobre a frase do 'estarem comigo aconteça o que acontecer', queria dizer que Jesus não era mais o treinador, que todos iam estar comigo, contentes e quase que iam fazer um jantar a festejar. Jesus valia nove milhões mais a equipa técnica. Eu queria pagar-lhe zero", explicou Bruno, abordando ainda a polémica em redor da alteração da hora do treino para a tarde do dia do ataque à Academia:
"Não sugeri nem sequer tinha de o fazer. Jesus disse que não queria ser humilhado em Alcochete e só estava preocupado se estava despedido. Eu disse que não. Teve de ser convencido pelo Raul José e Mário Monteiro porque ele já não me ouvia. Se fosse embora logo ia receber uma nota de culpa com suspensão imediata. Não foi fácil explicar-lhe isto e ele não percebia nada. Foi ele que, falando com Raul José, que lhe falava em amadorês, o que estava a acontecer. Ele pergunta quando é que eu ia fazer o papelinho, eu disse que ia reunir com a equipa jurídica de manhã e ele entendeu que, se de manhã se fazia o papel, combinou com o Raul José passar o treino para a tarde. Foi das coisas mais acertadas que fez", rematou Bruno de Carvalho.