Treinador protestou segundo golo do Estoril, acusando Ian Cathro de uma ação proibida no lance e lembrando que houve formação exaustiva antes do arranque da época. Norma que regula ação dos apanha-bolas, agora mais limitada, não terá sido respeitada pelo técnico estorilista, que estaria proibido de entregar a bola a um jogador no lance que acabaria em golo
Corpo do artigo
O Casa Pia considera que terá sido prejudicado na última jornada, quando empatou na receção ao Estoril (2-2). A queixa dos gansos é referente ao lance que resultou no segundo golo sofrido e determinou o desfecho do encontro, devido à regra que impede qualquer elemento que esteja fora das quatro linhas de entregar a bola a um jogador para este fazer um lançamento, por exemplo.
Tal aconteceu na jogada do 2-2, quando o treinador canarinho, Ian Cathro, passou a bola a Tiago Parente, que a lançou e iniciou um ataque que terminou dentro da baliza. Um lance que na época passada seria normal, mas que João Pereira assinalou como irregular. O técnico do Casa Pia protestou, após a validação do golo, e acabou admoestado com um cartão amarelo. No final, explicou os protestos. "Um treinador não pode entregar a bola aos jogadores. Devia-se parar o jogo e dar amarelo. Passámos três horas na Federação a falar sobre isso", lamentou.
A questão em causa é a norma que regula o novo desempenho dos apanha-bolas, agora mais limitados. Essa norma regulamentar não é explícita quanto à ação de outros elementos, como treinadores, deduzindo-se, no entanto, estarem estes também impedidos de ter qualquer participação. Desde o início desta época, os apanha-bolas não as podem entregar diretamente aos jogadores, com exceção do guarda-redes, em jogos da I e II Liga. Têm apenas como função colocar a bola em cones, que estão espalhados junto às linhas do relvado, competindo aos jogadores recolhê-la para lançamentos e pontapés de canto.
Estas alterações já tinham sido implementadas noutros campeonatos e foram testadas na época passada em Portugal, na final four da Taça da Liga e nos play-off de subida/permanência das competições profissionais.
Clubes estão sujeitos a multas
As novas regras são bem claras para os apanha-bolas. A mudança visa evitar quebras no ritmo de jogo e interferências, como a que aconteceu no FC Porto-Braga da época passada, quando um dos jovens auxiliares passou a bola rapidamente a Moura, num lance que resultou em golo portista. Os clubes estão agora sujeitos a multas, caso não sejam cumpridas as regras. Foi o que aconteceu em agosto com o Aston Villa, que teve de pagar uma coima de 144 mil euros.