Álvaro Magalhães garante ter encontrado no Benfica “a garra e vontade” que eram “um suplemento de força” nos dragões. “O nível foi muito baixo, quase zero”, aponta o escritor e membro do Conselho Superior do FC Porto
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A derrota com o Benfica deixou marcas profundas nos adeptos do FC Porto, pouco habituados a ver a equipa sofrer tantos golos nos clássicos como na atualidade. Desde a temporada de 1975/76, com Monteiro da Costa e Branko Stankovic ao leme, que os azuis e brancos não encaixavam nove golos nos três primeiros jogos da temporada com os outros crónicos candidatos ao título, mas os números são apenas uma consequência dos pecados que os três adeptos portistas inquiridos por O JOGO detetam na equipa.
Álvaro Magalhães garante ter encontrado no Benfica “a garra e vontade” que eram “um suplemento de força” nos dragões. “O nível foi muito baixo, quase zero”, aponta o escritor e membro do Conselho Superior do FC Porto.
1- Que razões aponta para a hecatombe no clássico com o Benfica?
O que vi foi uma equipa que não teve ligação, consistência, velocidade de execução e falhou, sobretudo, onde era mais mais forte, que era nas segundas bolas e na pressão alta. Tudo isso eram características próprias da equipa, que sempre se viram. Mesmo quando era mais fraca, havia garra e vontade, que era um suplemento de força. No clássico só vi isso no Benfica. Ver aquela impotência e incapacidade até foi o mais confrangedor.
2 - Que efeito espera do “raspanete” dado por André Villas-Boas à equipa?
Acredito que o tenha feito com a intenção de despertar a equipa. Agora, falta saber se os raspanetes têm efeitos práticos. Espero que sim, porque a equipa tem de mudar. O nível que se viu no Estádio da Luz foi muito baixo, quase zero. E a equipa já mostrou, noutras ocasiões, qualidade e valor para fazer mais. Foi um apagão.
3 - Qual é a margem de erro de Vítor Bruno daqui em diante?
Depois de derrotas em quase todos os jogos importantes, incluindo o empate com o Manchester United, que soube a derrota, a margem dele é muito curta. Parece-me evidente que o estado de graça que tinha se foi.