Autocarro do Trofense foi recebido por uma multidão desde a saída da autoestrada até ao estádio. Bruno Almeida, autor do golo que valeu o regresso à Liga SABSEG, contou como foi a noite.
Corpo do artigo
A Trofa acordou no domingo com umas horas de sono a menos, mas a rebentar de alegria com o regresso do Trofense à II Liga, de onde tinha descido em 2015. A noite foi longa e terminou de madrugada. Depois do empate no Braga B (1-1), suficiente para garantir a subida, o autocarro foi recebido por cerca de 2500 adeptos, repartidos desde a saída da A3 até à chegada ao estádio. Bruno Almeida, extremo que apontou, de canto direto, o decisivo golo que assegurou a promoção, contou a O JOGO os pormenores das celebrações.
De voz rouca, confessa não ter sido fácil pregar olho. "Cheguei a casa eram quatro da manhã. Tivemos a receção no estádio e depois fomos jantar", refere. E até os mais tímidos do grupo rivalizaram com os brincalhões. "A malta estava toda ao mesmo nível, ou seja, fora de si. Foi incrível porque para a maior parte é a primeira subida da carreira e falo por mim, que nunca joguei na Liga SABSEG", relatou.
Autor de quatro golos, não foi só o canto direto que destacou "Messi", como também é conhecido, no capítulo das bolas paradas. Antes, já tinha faturado de livre. "Os meus colegas começaram a brincar e perguntaram-me se não me doíam as costas, pois dizem que ando a carregar o Trofense e que só marco nos jogos decisivos", sorriu. O lance perante os bracarenses não foi um acaso. "Logo num dos primeiros cantos tentei bater direto, mas cortaram para fora. O árbitro assistente disse-me que faltavam dez segundos para o intervalo e que aquele era o último lance da primeira parte. Disse ao Yohan [Miranda] que ia bater direto e correu bem. Só me recordo de um lance destes quando era júnior", lembrou.
Com mais um ano de contrato, Bruno Almeida almeja a estreia no segundo escalão. Sobre o clube, garante que a Direção vai formar um plantel capaz de aguentar na Liga SABSEG. "As pessoas são competentes e vão fazer uma boa equipa para alcançar a permanência. Depois, será jogo a jogo. Olhem para o exemplo de Vizela e Arouca... no futebol não há impossíveis", atirou.