Rui Patrício: "O jogo mais difícil da minha vida foi a final da Taça com o Aves"
Ex-guarda-redes do Sporting falou pela primeira vez dos efeitos da invasão à Academia na hecatombe sofrida no Jamor e não fechou a porta a um regresso a Alvalade
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Foi com as emoções à flor da pele que Rui Patrício recordou os momentos mais difíceis que viveu no Sporting. Em entrevista ao programa "Nossa Tarde", da RTP, o guarda-redes da Seleção Nacional recordou os efeitos nocivos da invasão à Academia na final da Taça de Portugal perdida pelo Sporting frente ao Aves, jogo que considerou o mais difícil da sua vida.
Pior momento da carreira: "O pior jogo da minha vida? Não vou incidir em erros individuais, mas em termos sentimentais e terei de escolher a final da Taça de Portugal perdida para o Aves pelo que estava a sentir naquele momento e por tudo o que se tinha passado."
Invasão à Academia: "Tento resolver esse assunto quando me lembro e posso dizer que me lembro muitas vezes dele. É lógico que é algo que vai ficar marcado para o resto da minha vida. Acho que vivi as coisas de maneira diferente de quem estava lá há menos tempo, porque aquela foi a minha casa desde miúdo."
Saída do Sporting para o Wolves: "Sabia que era muito difícil continuar depois de tudo o que se passou. Se continuasse não me iria sentir bem. Infelizmente foi assim que saí do Sporting. Não saí chateado pela reação negativa das pessoas, porque, no futebol, a emoção é maior que a razão. Só quem está mais próximo de quem viveu o que se passou é que pode compreender. A nível emocional era impossível continuar no Sporting."
Meditação: "Ajuda a combater o stress e ansiedade desta profissão. Faço meditação todos os dias porque me deixa mais calmo."
Regresso ao Sporting no futuro: "Não sei qual será o dia de amanhã, mas é lógico que o Sporting é o meu clube. Se voltar um dia é lógico que seja para o Sporting, que é a minha casa."