Primeiro jogo do play-off, que o Estrela da Amadora venceu, ficou marcado por denúncias de alegado comportamento inadequado do público da casa. O Estrela da Amadora já refutou as acusações, numa mensagem publicada pelo presidente da SAD, mas o ambiente para a segunda mão, marcada para dia 11, está ainda mais escaldante.
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O play-off entre Marítimo e Estrela da Amadora ainda vai a meio, com vantagem dos amadorenses (2-1), mas a primeira parte teve ontem prolongamento: adeptos do Marítimo denunciaram cânticos ofensivos que terão sido proferidos pelos adeptos da equipa da casa. O ex-presidente da Câmara Municipal do Funchal, Miguel Silva Gouveia, presente na partida, foi um dos denunciantes.
"Na Reboleira, estes adeptos verde-rubros mantiveram o foco no constante apoio ao Marítimo, sem dar resposta às insistentes provocações dos adeptos adversários, na sua maioria miúdos das camadas jovens da equipa da casa, que entoavam cânticos com poesias como: "tudo a saltar, Marítimo é m****", "Vão comer bananas" ou "A mãe do madeirense é uma p***"," escreveu, indignado, na sua página de Facebook.
Marco Álvares de Freitas, conhecido empresário madeirense da área da restauração, relatou que os adeptos foram "rebaixados e insultados." "A Madeira e as suas gentes foram "brindadas" com diversos dizeres e cânticos xenófobos, racistas, supremacistas e vexatórios", criticou.
À margem desta polémica, a que o Estrela já reagiu, a exibição verde-rubra foi também alvo de muitas críticas. O ex-futebolista Márcio Abreu, que representou o Marítimo, fez reparos à atitude maritimista em campo. "Fui jogador, mas, por amor de Deus, que equipa é esta? Continuo a dar o meu apoio, independente do resultado. Mas, minha nossa senhora".
Paulo Lopo diz que "não vale tudo"
Através de uma publicação nas redes sociais, o presidente da SAD do Estrela da Amadora, Paulo Lopo, negou que tivessem existido insultos aos adeptos do Marítimo. "Acordámos com algumas tentativas de criar uma imagem de mal-estar entre os clubes com alegadas notícias regionais de incentivo ao ódio, mesmo que para isso tenham que dizer o que não foi e inventar o que não aconteceu. Os nossos adeptos não insultaram os do Marítimo; ao contrário, orgulhei-me de ver um são convívio entre todos. Não vale tudo", contestou o dirigentes dos tricolores.