A rotatividade do plantel também já valeu golos a 14 jogadores diferentes, num registo sem paralelo entre os maiores da Europa.
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Ricardo Horta estreou-se a marcar no último fim de semana, na goleada (6-0) frente ao Estoril, tendo sido o 14.º jogador do Braga a fazer golos no decorrer desta temporada, num registo sem paralelo nos principais campeonatos da Europa. A aposta de risco numa constante rotatividade do plantel tem sido totalmente ganha por Abel Ferreira, não só pela excelente época arsenalista (11 vitórias, dois empates e três derrotas num total de 16 jogos), mas também por ter garantido minutos importantes de competição a quase todos os jogadores - ou pelo menos aos que contam efetivamente para o treinador.
No entanto, a divisão dos 30 golos por 14 jogadores do plantel ganha especial relevância na comparação com os restantes clubes europeus, uma vez que não há nenhum, entre os sete principais campeonatos (Inglaterra, Espanha, Alemanha, França, Itália, Portugal e até mesmo Rússia), capaz de igualar este registo arsenalista. O Chelsea, atual quarto classificado da Premier League, é a equipa que mais se aproxima deste recorde (13 jogadores), seguido de Bayern de Munique e Milan (12).
No plano interno, e mesmo tendo em consideração que o Braga é a equipa com mais jogos disputados até ao momento (16), surge a curiosidade de os arsenalistas também terem mais jogadores a marcar do que praticamente todas as equipas no seu... total de golos. Neste particular, só mesmo Sporting (24 no total), FC Porto (23) e Benfica (21) conseguem ter mais golos marcados do que os diferentes marcadores do Braga.
A nível interno, só FC Porto, Sporting e Benfica conseguem ter mais golos no total da época do que o número de jogadores que já marcaram pelo Braga. Constante rotação de Abel tem dado frutos
Em termos práticos, nesta primeira parte da época, Abel Ferreira conseguiu aliar a rotatividade na equipa (em 16 jogos, apresentou outros tantos onzes iniciais diferentes) aos resultados desportivos, garantindo a "felicidade" da totalidade dos jogadores, uma vez que todos "se sentem importantes", nas palavras do próprio treinador. Apesar de uma anormal democracia do golo em Braga, os melhores marcadores acabam por ser, com naturalidade, os três pontas de lança do plantel - Paulinho (cinco golos), Hassan (quatro) e Dyego Sousa (três) -, numa luta em que só Raúl Silva se consegue intrometer (três). De entre os jogadores mais utilizados, só Vukcevic e Rosic ainda não marcaram.