José Carriço, conhecido como Zé do Benfica, e que fora motorista do presidente dos encarnados Luís Filipe Vieira, recebia, a pretexto de reuniões, cidadãos colombianos no seu gabinete, que entravam pela Porta 18 do Estádio da Luz
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José Carriço, principal arguido do processo Porta 18, relacionado com tráfico de droga, está em liberdade condicional, após cumprir quatro anos e dois meses dos sete anos e oito meses a que foi condenado pelo Tribunal de Santarém.
A decisão é do Tribunal de Execução das Penas de Lisboa - a que a agência Lusa teve acesso - confirmada por Lopes Guerreiro, advogado do arguido, detido em 23 de julho de 2015 na área de serviço de Santarém, quando transportava 9,6 quilogramas de cocaína num veículo do Benfica, clube no qual era, à data, diretor do Departamento de Apoio aos Jogadores.
José Carriço, conhecido como 'Zé do Benfica', e que antes fora motorista do presidente dos 'encarnados' Luís Filipe Vieira, recebia, a pretexto de reuniões, cidadãos colombianos no seu gabinete, que entravam pela Porta 18 do Estádio da Luz, razão pela qual a Polícia Judiciária (PJ) deu esse código (Porta 18) à investigação.
"O meu constituinte restituiu à sociedade aquilo que lhe havia retirado, a confiança. Portanto, o seu lugar é em liberdade e não em reclusão. O José Carriço está familiar, profissional e socialmente inserido e tem para o seu futuro um projeto de vida bem arredado do crime", afirmou à Lusa o advogado, Lopes Guerreiro.
Na leitura do acórdão, em julho de 2016, o Tribunal de Santarém deu como provado que, desde, pelo menos, março de 2014, José Carriço, atualmente com 58 anos, "planeou e executou diversos planos, com o objetivo de introduzir em território nacional grandes quantidades de produto estupefaciente, designadamente cocaína, proveniente da América do Sul".
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