Encomendou morte do marido "em troca do direito vitalício de pedir qualquer contrapartida económica"
O Tribunal de Sintra começa a julgar em janeiro a mulher que "encomendou" a morte do marido a um segundo arguido, crime cometido no concelho da Amadora, em 2014
Corpo do artigo
O Tribunal de Sintra começa a julgar em janeiro a mulher que "encomendou" a morte do marido a um segundo arguido, crime cometido no concelho da Amadora, em 2014, para que a arguida pudesse assumir uma relação extraconjugal.
A acusação do Ministério Público (MP), a que a agência Lusa teve hoje acesso, diz que Cesaltina Correia, de 31 anos e natural de Cabo Verde, contactou, em 02 de setembro de 2014, Anuar Hassane Bengo, com 28 anos e natural de Moçambique, e propôs-lhe que matasse o marido, "em troca do direito vitalício de lhe pedir qualquer contrapartida económica".
Em novembro deste ano, este arguido foi condenado pelo Tribunal de Loures a 24 anos de prisão, por asfixiar até à morte uma jovem, em novembro de 2018, na casa onde ambos moravam, na Pontinha, no concelho de Odivelas, distrito de Lisboa.
O MP refere que Cesaltina Correia vivia no concelho da Amadora com o marido e uma filha de ambos, hoje com 14 anos, mantendo um relacionamento extraconjugal desde, pelo menos, 2012.