No seu primeiro discurso do 25 de Abril, Marcelo Rebelo de Sousa defende que a "democracia faz-se de pluralismo, de debate, de alternativa".
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O Presidente da República considerou que há neste momento dois modelos alternativos de governação, aconselhando cada um a demonstrar humildade e competência, mas defendeu que tem de haver unidade no essencial.
No seu primeiro discurso do 25 de Abril, que no final recebeu palmas vindas de todas as bancadas e foi aplaudido de pé por PSD, PS e CDS-PP, Marcelo Rebelo de Sousa voltou a apontar a saúde como uma área de fácil convergência.
O chefe de Estado reafirmou que esse poderá ser "um primeiro passo" para "consensos setoriais de regime" noutros domínios como o sistema político, o sistema financeiro, a justiça ou a segurança social.
O Presidente da República declarou que, "felizmente, quanto aos grandes objetivos nacionais, há um larguíssimo acordo entre os portugueses", acrescentando: "Felizmente também, há no nosso país, neste momento, dois caminhos muito bem definidos e diferenciados quanto à governação, ao modo de se atingir as metas nacionais".
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "cada um desses caminhos é plural, mas querendo ser alternativo ao outro" e tem "lideranças e propostas próprias, clarificação esta muito salutar e fecunda". "A democracia faz-se de pluralismo, de debate, de alternativa. Assim, quem se pretenda alternativa, de um lado e de outro, demonstre, em permanência, a humildade e a competência para tanto", aconselhou.