Marcelo Rebelo de Sousa mostra presente oferecido com o propósito de, "ao evocar os 42 anos do 25 de Abril", não se esquecer "do muito que está por fazer".
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O Presidente da República disse ter trazido um cravo oferecido por jovens que simboliza o que falta fazer passados 42 anos do 25 de Abril de 1974, considerando que houve avanços mas persistem frustrações.
No seu primeiro discurso numa sessão solene comemorativa do 25 de Abril, na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa começou por "saudar os capitães de Abril" - representados nesta cerimónia pela Associação 25 de Abril, depois de quatro anos de ausência em protesto contra as políticas do anterior executivo PSD/CDS-PP.
O chefe de Estado defendeu que "saudar os capitães de Abril é dever de todos os que, em Portugal, se louvam da democracia que o seu gesto patriótico permitiu instaurar", antes de "saudar o povo, que assumiu esse testemunho e o converteu em fundamento do Estado social de direito".
Depois, fez um balanço do período que se seguiu à Revolução dos Cravos, em que falou dos avanços e conquistas, mas também da pobreza e de outros problemas que permanecem e "legitimam queixas e frustrações em muitos portuguesas e portugueses e, em particular, nos mais jovens".
"Como aqueles - do Conselho Nacional de Juventude -, que no domingo me deram, simbolicamente, este cravo para que, esta segunda-feira, ao evocar os 42 anos do 25 de Abril, não me esquecesse do muito que está por fazer", acrescentou, erguendo por momentos esse cravo.