Marcelo repetiu chegada a pé para cerimónia de tomada de posse tal como há cinco anos
O chefe de Estado surgiu de novo do lado da Estrela, com a habitual gravata azul e máscara, e teve mesmo que fazer um compasso de espera para cumprir os horários do protocolo, tendo sido recebido pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
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O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, voltou esta terça-feira a chegar a pé para a sua cerimónia de tomada de posse que decorreu na Assembleia na República, repetindo aquela que foi a surpresa de há cinco anos.
Marcelo Rebelo de Sousa surgiu de novo do lado da Estrela, com a habitual gravata azul e máscara, e teve mesmo que fazer um compasso de espera para cumprir os horários do protocolo, tendo sido recebido pelo presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
O chefe de Estado caminhou alguns metros ao lado do presidente da Assembleia da República, tendo depois recebido as honras militares e ouvido o Hino Nacional, passando uma revista à Guarda da Honra, subindo depois a escadaria para entrar no parlamento.
Antes, no caminho a pé, rodeado por alguns jornalistas, o Presidente da República recordou os "muitos anos" que viveu na zona, entre cumprimentos de quem o felicitava, apontando que "os segundos mandatos são sempre mais difíceis que os primeiros".
"É espantoso, quando se chega ao fim do mandato parece que foi muito mais curto do aquilo que foi. Quando se vai começar um mandato, parece que foi muito mais longo do que o que provavelmente será. Mas os segundos mandatos são sempre mais difíceis que os primeiros", considerou.
Questionado sobre as suas declarações ao jornal Público, nas quais, numa referência às eleições legislativas de 2023, disse que "se os portugueses não dão maioria clara a ninguém, é um berbicacho para o Presidente", Marcelo apontou que "os portugueses são muito resistentes" e "sensatos" e que espera não haver "berbicachos".
Já sobre o plano de desconfinamento, que será conhecido no próximo dia 11 de março, o Presidente não quis adiantar comentários, dizendo apenas que "é a primeira matéria a apreciar depois de tomar posse, e falta pouco".
A poucos metros da Assembleia da República e a poucos minutos de tomar posse, Marcelo disse estar "menos nervoso" do que há cinco anos, altura em que tudo "era mais incerto".
Antes do chefe de Estado, chegaram ao parlamento o primeiro-ministro, António Costa, acompanhado pela mulher, Fernanda Tadeu, - uns minutos antes da hora prevista - bem como os antigos chefes de Estado Ramalho Eanes, com Manuela Ramalho Eanes, e Aníbal Cavaco Silva.
Ana Gomes, Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva, adversários de Marcelo Rebelo de Sousa nas eleições presidenciais de janeiro, também já chegaram ao parlamento.
No passeio em frente à Assembleia da República, e conforme ditava o protocolo, às 09:30 em ponto, uma companhia com os três ramos das Forças Armadas formaram a Guarda da Honra, tendo um dos elementos acabado por se sentir mal pouco antes da chegada do Presidente da República.
Antes da formação da Guarda de Honra ouviram-se ao fundo nos ensaios para o Hino Nacional.
Cerca das 09h40 a música foi outra já que ecoou uma canção de Jorge Palma, "Portugal, Portugal", vinda de uma coluna, colocada junto a uma tenda que está ao fundo das escadarias do parlamento e que tem servido para manifestações em período de crise, mas esta banda sonora não prevista acabou por não continuar com outras músicas já que um polícia se aproximou do local.