O governador regional afirmou não ter "qualquer possibilidade para sair de Severodonetsk" devido aos persistentes combates que tornam impossível a retirada de civis.
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A "maior parte" de Severodonetsk, uma cidade estratégica do leste da Ucrânia onde têm decorrido violentos combates entre russos e ucranianos, está desde esta terça-feora sob controlo russo, anunciou Sergui Gaidai, governador da região de Lugansk.
"Infelizmente, hoje, os soldados russos controlam a maior parte da cidade", indicou à televisão ucraniana, e calculou que Sverodonetsk esteja "destruída a 90%".
"Os combates decorrem no coração da cidade", precisou Gaidai.
Apesar de uma situação cada vez mais complicada para os soldados ucranianos, "os nossos militares não serão cercados", assegurou na sua intervenção.
"Os nossos soldados estão na defensiva mas mantêm as suas posições", revelou ainda.
"Todas as infraestruturas críticas estão completamente destruídas" e "60% do parque habitacional não poderá ser restaurado", indicou Gaidai, precisando que "já não existe fornecimento de água, gás ou eletricidade".
O governador regional afirmou não ter "qualquer possibilidade para sair de Severodonetsk" devido aos persistentes combates que tornam impossível a retirada de civis.
Em paralelo, o Gaidai revelou que um "reservatório de ácido nítrico" de uma fábrica química de Severodonetsk foi atingido por um bombardeamento russo, e apelou aos habitantes para não saírem dos abrigos antiaéreos.
No início de abril, o mesmo responsável já tinha indicado que um ataque russo também danificou um reservatório de ácido nítrico em Roubijne, alguns quilómetros mais a norte de Sveredonetsk.
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo as Nações Unidas, que alertam para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A ofensiva militar causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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