Embora a agência de informações norte-americana não esteja atualmente a rastrear uma “ameaça organizada” dentro dos Estados Unidos, as autoridades policiais admitiram estar preocupadas com o potencial de ataques por indivíduos ou pequenos grupos
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O diretor da agência de informações norte-americana FBI, Christopher Wray, avisou que o ataque do grupo islamita Hamas contra Israel poderá inspirar atos de violência nos EUA.
“Consideramos que as ações do Hamas e dos seus aliados serviram de inspiração como não víamos desde que o Estado Islâmico criou o seu califado, há vários anos”, disse Wray.
No seu depoimento perante o Comité de Segurança Interna do Senado, Wray fez a sua avaliação mais pormenorizada e preocupante sobre as potenciais ameaças aos EUA desde o ataque de 7 de outubro pelo Hamas a soldados e civis israelitas.
A sua referência ao Estado Islâmico sublinha as preocupações do FBI de que o atual conflito no Médio Oriente possa criar uma dinâmica igualmente perigosa.
Embora a agência de informações norte-americana não esteja atualmente a rastrear uma “ameaça organizada” dentro dos Estados Unidos, as autoridades policiais admitiram estar preocupadas com o potencial de ataques por indivíduos ou pequenos grupos, como ocorreu durante a ascensão do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, há uma década.
O FBI admitiu um aumento nos ataques a bases militares no estrangeiro e antecipa que os ataques cibernéticos contra as infraestruturas norte-americanas possam aumentar à medida que o conflito no Médio Oriente se expande.
“Este é um momento de preocupação. Estamos num período perigoso”, reconheceu Wray, acrescentando que compete às autoridades dos Estados Unidos “estar vigilantes”.
Também hoje, o secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, disse que o seu Departamento respondeu a um aumento de volume das ameaças contra as comunidades judaica, muçulmana e árabe nos EUA, desde o ataque de 07 de outubro.
“O ódio dirigido a estudantes, comunidades e instituições judaicas contribui para um aumento preexistente no nível de antissemitismo nos Estados Unidos e em todo o mundo”, avisou Mayorkas.