A sonolência diurna excessiva pode indicar défice de sono prolongado ou distúrbios não diagnosticados, como a apneia do sono, a insónia crónica ou até perturbações neurológicas
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Sentir-se constantemente cansado, com dificuldade em manter-se desperto ao longo do dia, e precisar de várias chávenas de café para aguentar o ritmo pode parecer algo comum — mas especialistas alertam que a sonolência excessiva não deve ser desvalorizada. Mais do que um simples incómodo, pode ser um sinal de alerta para problemas de saúde subjacentes.
Segundo a Academia Americana de Medicina do Sono, a sonolência diurna excessiva pode indicar défice de sono prolongado ou distúrbios não diagnosticados, como a apneia do sono, a insónia crónica ou até perturbações neurológicas. E as consequências vão muito além da fadiga: a ciência tem vindo a associar a falta de sono adequado a um aumento do risco de doenças como diabetes tipo 2, depressão, doenças cardiovasculares e hipertensão arterial.
Estudos recentes mostram que cerca de um terço dos adultos nos Estados Unidos relata níveis de sonolência que interferem nas suas actividades diárias. Além do impacto na saúde, este cansaço crónico pode afectar o desempenho no trabalho, aumentar o risco de acidentes rodoviários e comprometer o bem-estar geral.
Para os especialistas, o primeiro passo é reconhecer que o cansaço constante não é normal — nem inevitável. A higiene do sono, que inclui manter horários regulares, evitar ecrãs antes de dormir e criar um ambiente propício ao descanso, pode ajudar. Mas, quando os sinais persistem, é essencial procurar aconselhamento médico.
Dormir bem não é um luxo — é uma necessidade básica para viver com saúde. E ignorar a sonolência pode sair caro, a longo prazo.