A extremo Mariana Couto faz parte do plantel do Boavista, equipa da Zona Norte que garantiu a permanência na Liga BPI. Um momento que a atleta, de 19 anos, viveu com "muita felicidade".
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Ligada ao desporto desde tenra idade, Mariana começou no atletismo, seguiu-se o futsal e só há cinco anos deu os primeiros passos no futebol, quando vestiu a camisola do Boavista, onde está a viver uma experiência "incrível".
O Boavista foi uma das equipas a garantir a permanência na Liga BPI. Como é que a equipa viveu esse momento?
- Com muita felicidade, era este o nosso objetivo, sobretudo por termos voltado esta época à Liga BPI. Era muito importante conseguirmos manter-nos no principal escalão e trabalhámos muito desde o início para o conseguirmos. Isto só foi possível com a ajuda de todas, desde a equipa técnica às atletas. Foi um trabalho de equipa gigante. O Boavista tem muita história e tem de estar na primeira divisão.
Quais foram as principais dificuldades sentidas ao longo da temporada?
- A meu ver foi o facto de termos começado com algumas jogadoras norte-americanas que, no decorrer da época, foram embora. A maioria delas, deve ter sido por ter terminado o contrato. Só uma norte-americana é que acabou a época connosco. Essa foi a fase mais complicada, saírem jogadoras a quem já estávamos habituadas e termos de nos adaptar a jogadoras novas. De qualquer das formas, adaptámo-nos bem a elas e elas a nós.
É difícil comunicar com jogadoras de outras nacionalidades?
- Há sempre algumas que não percebem muito bem o inglês. Eu sou um desses casos, percebo mas não falo muito. Mas também temos colegas que têm muita facilidade e acabam por conseguir traduzir. Nunca foi um problema, nem para elas nem para nós.
"A fase mais difícil foi quando as atletas americanas foram embora"
Relativamente ao seu percurso, quando é que surgiu esta paixão pelo futebol?
- Quando era mais pequenina, comecei no atletismo e depois optei por jogar, em simultâneo, futsal. Foi nessa fase que comecei a ganhar o gosto pela bola. A determinada altura passei a jogar só futsal e só mais tarde comecei a dedicar-me ao futebol. Há cerca de cinco anos, mais ou menos.
Quando decidiu começar uma carreira no futebol, foi o Boavista que lhe abriu as portas?
- Sim, joguei sempre no Boavista. Na altura, foi o meu pai que me ajudou a encontrar um clube. Descobrimos o Boavista, fiz um treino de captação, gostei e fiquei. Comecei nas sub-19, porque não havia mais nenhuma equipa.
Tem sido uma experiência positiva?
- Sim, está a ser uma experiência incrível, de ano para ano gosto mais do Boavista e das pessoas que estão comigo e que me têm acompanhado desde sempre. Ainda me recordo da minha estreia na Liga BPI, na temporada em que o Boavista acabou por descer à segunda divisão. Apesar de ter sido uma fase complicada, agora estamos no nosso lugar.
Para além de jogar, também estuda. Como é que concilia as duas coisas?
- Estudo Desporto, no ISMAI. O mais difícil é ter de acordar muito cedo para ir para a faculdade, depois de ter treinado até tarde no dia anterior. No entanto, consegui adaptar-me bem.
Para o futuro, que ambições tem no futebol feminino?
- Gostava de continuar a jogar futebol por muitos mais anos, criar a minha própria história e, quem sabe, chegar à Seleção Nacional.