Racing Power jogou sob protesto na Madeira: "Condições degradantes, balizas sem dimensões legais..."
O Racing Power criticou ainda o desempenho da equipa de arbitragem, liderada por Catarina Campos
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O Racing Power comunicou este domingo ter jogado sob protesto diante do Marítimo, partida que decorreu este domingo no Campo da Imaculada Conceição, no Funchal.
"A equipa do Racing Power FC deparou-se com um balneário que não é condizente com a prática de futebol profissional nem dignifica o desporto português", refere o comunicado do clube que compete na Liga BPI, antes de detalhar.
"Mais: o relvado estava impróprio para a prática de futebol, com lombas e erupções e em alguns setores apresentando um desnível superior a 30 centímetros, colocando em causa a integridade das jogadoras de ambas as equipas. A lesão da nossa jogadora, Carolina Mendes, não terá sido alheia a esse fator. E, como se não bastasse, as balizas apresentavam menos cinco centímetros de altura em relação ao protocolado pela FPF para a Liga BPI".
“É incompreensível aquilo que encontrámos neste estádio, desde os balneários ao terreno de jogo. Até as balizas eram mais pequenas. Cumprindo com os regulamentos caso o protesto fosse apresentado antes do jogo começar e não houvesse condições para o Marítimo retificar as anomalias o jogo teria de ser realizado nas próximas 24 horas seguintes. Só aceitámos disputar o jogo nestas condições, porque em caso de adiamento teríamos de pernoitar na Madeira e não conseguíamos no imediato nem alojamento nem alterar o voo de regresso. Por isso, informámos que iríamos jogar, mas sob protesto, devidamente comunicado às instâncias oficiais presentes”, sublinha Nuno Painço, presidente do Racing.
O Racing Power criticou ainda o desempenho da equipa de arbitragem, liderada por Catarina Campos, "que deixou passar em claro duas grandes penalidades, uma delas mesmo depois de alertada pelo VAR, (mão na bola logo aos 2’), e, depois, aos 40’ não vendo empurrão na grande área sobre a nossa atleta Inês Gonçalves".
“Gastam-se milhares de euros no VAR e como se percebeu neste jogo da primeira jornada, este instrumento de nada serve. Se calhar esse dinheiro devia ser canalizado para outras prioridades, como por exemplo modernizar relvados e instalações dos clubes da Liga BPI”, disse o presidente.
“Não é a primeira vez que esta senhora árbitra prejudica o Racing Power. Quando uma árbitra internacional declina uma informação do VAR e, pelo que vimos pelas imagens, o braço da jogadora não está ao longo do corpo, coloca desde logo a equipa do VAR sob pressão, não atuando no segundo lance de grande penalidade como competia. Eu se estivesse no VAR faria o mesmo. Pelos exemplos que temos do passado e pelo que sucedeu na Madeira nesta jornada, lavramos o nosso protesto também em relação a esta matéria. Para que todos fiquem desde já cientes ao que viemos. Vamos defender intransigentemente a verdade desportiva. E essa verdade foi claramente prejudicada por uma das intervenientes no jogo na Madeira, de nome Catarina Campos, árbitra internacional. Se tem algum problema connosco, que o assuma e peça escusa de apitar os nossos jogos", concluiu.