Diretor Nacional da PSP prevê que alguns cidadãos não acatem sensibilização policial
Magina da Silva lembrou que a partir de sexta-feira e durante o fim de semana irá assistir-se às limitações impostas no período da Páscoa, agora com "afinações
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O diretor nacional da PSP, Manuel Magina da Silva, afirmou, esta terça-feira que se vive uma situação excecional devido à pandemia covid-19, prevendo que alguns cidadãos não se deixem sensibilizar pelas autoridades quando forem abordados para cumprimento das regras.
"Vivemos uma situação excecional e em situações excecionais não se resolvem [as coisas] fazendo como se fazia em situações normais, exigem-se situações excecionais", começou por dizer Magina da Silva, que falava aos jornalistas à margem da inauguração da 41.ª esquadra da Alta de Lisboa.
Tendo em conta que a partir de quarta-feira é obrigatório o uso de máscaras em espaços públicos e o não cumprimento desta imposição é punido com multas que vão até aos 500 euros, Magina da Silva considerou que a "adesão dos portugueses vai prevalecer".
"Penso que a adesão dos portugueses e compreensão dos tempos e regras excecionais vai prevalecer. Não desejo, mas prevejo que alguns cidadãos, por objeção de consciência, por teorias da conspiração relacionadas com a covid, que há muitas, poderá haver quem não se deixe sensibilizar e vão ter cumprir as regras quer queiram quer não", afirmou.
Magina da Silva lembrou ainda que a partir de sexta-feira e durante o fim de semana irá assistir-se "nem a mais, nem a menos" do que se assistiu nas limitações da Páscoa, com as devidas "afinações".
"A polícia, como tem feito desde sempre, privilegia uma intervenção de pedagogia de sensibilização, mas há cidadãos que não se deixam ensinar e sensibilizar", afirmou Magina da Silva, lembrando que "todas as detenções que a PSP fez de autos de noticia que levantou por incumprimento das regras, limitações impostas só aconteceu por os cidadãos não cumprirem".
De acordo com Magina da Silva, "a ação repressiva acontece quando as pessoas não querem nem se deixam sensibilizar", considerou.
"Os cidadãos devem cumprir as regras", apontou, lembrando que primeiro que tudo os cidadãos "devem abster-se de circular entre concelhos".
O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira passada uma resolução que determina a proibição de circulação entre diferentes concelhos do território para evitar propagação da covid-19, entre as 00:00 de dia 30 de outubro e as 06:00 de dia 03 de novembro, mas tem exceções e o fim da proibição foi antecipado.
A resolução antecipa o final da proibição da circulação para as 06 horas (era até às 23:59 de dia 3 de novembro).