I Liga

Luciano Gonçalves: "A única coisa que mais nos surpreendeu foi o ambiente..."

Luciano Gonçalves

Conselho de Arbitragem assume erros, mas garante que "não irão existir jarras"

O presidente do Conselho de Arbitragem (CA), Luciano Gonçalves, assumiu esta quarta-feira "erros" nas 10 primeiras jornadas da I Liga de futebol, criticando o "ambiente criado" e garantindo que "não irão existir jarras" para punir juízes.

"Nestas primeiras 10 jornadas, a única coisa que mais nos surpreendeu a todos nós foi o ambiente que à 10.ª - até muito mais cedo - começou a ser criado. Todos nós, nesta sala, sabemos perfeitamente que não tem apenas que ver com os erros dos árbitros. Assumimos quando os nossos árbitros erram", declarou, em tom crítico, na conferência de imprensa de balanço ao trabalho até agora realizado pela arbitragem no presente campeonato, organizada na Cidade do Futebol, em Oeiras.

Luciano Gonçalves apontou todo o seu esforço em melhorar o desempenho dos árbitros lusos, mas também em defendê-los de fatores externos e evitar que sejam encarados como "bodes expiatórios" para insucessos desportivos.

"Este Conselho de Arbitragem irá continuar a trabalhar para que cada vez mais se tenham mais árbitros a arbitrar dérbis e clássicos e que todos os árbitros dos seus quadros tenham dois ou mais anos [de primeira categoria] e possam estar aptos para desempenhar esta função em qualquer jogo, mas deixem-me também partilhar aqui mais uma nota; com este CA, não irá existir "jarras". Enquanto presidente do CA, disse muito recentemente, quando tomei posse, que jarras é para flores e assim mantenho", assegurou, recusando ceder a quaisquer pressões.

Luciano Gonçalves garantiu transparência e abertura ao diálogo, realçando existir abertura para reunir com quaisquer interessados que assim o desejem.

"O CA quer, e será sempre, parte da solução do futebol e nunca parte do problema. A todos os pedidos de reunião que foram sendo solicitados pelos vários agentes - clubes, associações e todos os agentes desportivos - foi sempre dada resposta em menos de 24 horas, não existe nenhum pedido de reunião de nenhum clube que não tivesse obtido resposta da nossa parte", garantiu.

Lusa