Declarações de Vasco Santos em mais uma sessão do julgamento do ataque à Academia.
Vasco Santos, diretor de operações e chefe de segurança na altura do ataque à Academia, foi na manhã desta terça-feira ouvido no Tribunal de Monsanto em mais uma sessão do julgamento. Vasco Santos centrou o depoimento numa reunião no dia 7 de abril do ano passado, realizada na sede da Juventude Leonina. Nesse encontro, segundo Vasco Santos, estiveram cerca de 40 pessoas , entre membros da claque, André Geraldes, então team manager, Bruno de Carvalho, presidente, Bruno Jacinto, oficial de ligação aos adeptos, além do próprio.
"Os membros da claque mostraram-se revoltados, insatisfeitos com os posts de Bruno de Carvalho. Achavam que a equipa devia render mais", contou.
"Nessa altura, Bruno de Carvalho pediu desculpa muitas vezes pelas críticas que tinha feito. Surgiram várias sugestões por parte dos elementos da claque: tarjas, coreografias e visitas à Academia", vincou, referindo-se ao descontentamento com o rendimento do plantel leonino treinado por Jesus.
Vasco Santos recordou depois o que disse Bruno de Carvalho: "Virou-se para eles e disse: 'Organizem-se, façam o que quiserem, depois informem'".
A reunião foi "tensa, com vários adeptos exaltados", adjetivou. Uma reunião, refira-se, que teve lugar dois dias depois da derrota (2-0) em casa do Atlético de Madrid, para a primeira mão dos quartos de final da Liga Europa. Após o encontro, Bruno de Carvalho arrasou a equipa no Facebook. "Bruno de Carvalho já estava farto da reunião. Em nenhum momento se falou de ataque à Academia", esclareceu.