Éric Di Meco, antigo jogador do Marselha, recusou criticar o avançado português, que estará de saída para o Génova, preferindo questionar quem é aprovou a sua contratação ao Braga, há um ano, por 32 milhões de euros
Corpo do artigo
Éric Di Meco, antigo internacional francês que passou pelo Marselha na carreira, criticou esta segunda-feira a gestão das últimas transferências realizadas pelo clube, com especial foco em Vitinha, que estará de saída para o Génova, por empréstimo com opção de compra.
Em direto para o programa “Rothen s'enflamme”, o antigo lateral esquerdo questionou quem aprovou a contratação do avançado português há um ano, ao Braga, por 32 milhões de euros, dizendo que rapidamente se viu que o preço tinha sido demasiado elevado.
"Não sabemos quem foi, ninguém assume a responsabilidade. As pessoas nunca assumem a responsabilidade! Não quero um cartaz de ‘Procura-se’, só quero que alguém me explique como é que o Marselha conseguiu contratar um jogador destes por 30 milhões de euros”, começou por afirmar, antes de visar o presidente do clube, ainda que considere que não seja o principal culpado pelo negócio.
“Pablo Longoria é o primeiro a pagar a fatura. É ele que vai assumir a responsabilidade por esta transferência, vai assumir a responsabilidade financeira e o seu balanço pessoal. Só que não acredito que ninguém no clube tenha ido ver os jogos e que ninguém tenha ido falar com Longoria. Ao fim de dois jogos, já se via [que Vitinha não valia o preço]”, defendeu.
Recusando criticar Vitinha, que se destacou pela negativa no último jogo do Marselha, ao falhar uma ocasião clara de golo contra o Mónaco (2-2), Di Meco reforçou a ideia de que a sua qualidade deixou muito a desejar mal chegou ao emblema.
“Não vou criticar o jogador porque deve ser difícil para ele. Ele sabe disso e acho que é por isso que os diretores estão a fazer tudo o que podem para tentar encontrar uma saída, porque vai ser muito, muito difícil para ele voltar ao Stade Vélodrome. Mesmo que alguns adeptos tenham sido indulgentes, muitos viram rapidamente que havia um problema com o seu nível, que não tinha pontos fortes, que havia um problema de coordenação no seu apoio e na área. Ele não é rápido nem salta alto. Não é inteligente na área, não é habilidoso. Vimos isso muito rapidamente”, prosseguiu.
“Ninguém o foi ver lá [no Braga]? Se calhar, contrataram-no com base em vídeos que lhes foram enviados ou vendo o campeonato. Quando se gasta 30 milhões num jogador daquela idade, ninguém o foi ver uma dúzia de vezes? Como se chama a pessoa que o foi ver ao estádio cinco ou seis vezes?”, voltou a questionar, em jeito de conclusão.
Vitinha registou quatro golos e duas assistências em 27 jogos realizados esta época pelo Marselha, atual sexto classificado da Ligue 1.