O internacional neerlandês, atualmente a residir na Rússia, não compareceu no julgamento e vai recorrer da sentença
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Quincy Promes, extremo que alinha nos russos do Spartak Moscovo, foi condenado esta quarta-feira pelo tribunal de Amesterdão a seis anos de prisão pelo seu envolvimento, em 2020, no tráfico de mais de 1350 quilos de cocaína do Brasil para a Bélgica, através do porto de Antuérpia.
De acordo com o jornal De Telegraaf, o Ministério Público neerlandês tinha pedido uma pena de nove anos para o jogador, de 32 anos, que não marcou presença no julgamento e vai recorrer da sentença.
Promes não participou no processo judicial, porque, segundo os seus advogados, prioriza as suas “obrigações laborais” em detrimento da investigação criminal.
Devido à sua falta de cooperação com a justiça, a polícia nunca conseguiu interrogá-lo sobre os factos de que é acusado, e o tribunal condenou-o à revelia e com base em provas recolhidas pelos investigadores.
O crime pelo qual o internacional neerlandês, que passou por clubes como o Twente, Sevilha e Ajax antes de iniciar a sua segunda passagem na Rússia - já tinha jogado no Spartak entre 2014 e 2019 – foi condenado teve lugar em janeiro de 2020 e incluiu dois contentores carregados com sal marinho, usados para esconder a droga.
O primeiro contentor foi traficado com sucesso pela rede criminosa em que Promes alegadamente se envolveu, mas o segundo, que continha 712 quilos de cocaína, foi apreendido pelas autoridades belgas.
Segundo o Ministério Público, o futebolista teve um papel direito na coordenação e no financiamento desta operação, isto depois de ter ouvido conversas que revelaram um investimento de 75 mil euros da sua parte.
Um primo de Promes também foi condenado a seis anos de prisão no âmbito do mesmo crime, tendo ainda sido julgado por lavagem de dinheiro.
Também em 2020, o extremo foi condenado a um e meio de prisão por agressão agravada, depois de ter alegadamente esfaqueado um familiar durante uma discussão, num processo que se encontra em fase de recurso.