Declarações de Cristiano Ronaldo no discurso de abertura da 15.ª edição dos Globe Soccer Awards, no Dubai
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Quando é que percebeu que iria singrar no futebol? “A minha vida foi um pouco diferente, tive oportunidades cedo e comecei na equipa principal com 17 anos, foi aí que tudo começou. Mas quando tinha 15/16 anos, comecei a sentir que era algo que ia fazer no futuro, mas foi aos 17/18, quando me mudei para o United, que tudo mudou”.
Dedicação ao corpo e treinos: “No início, quando cheguei ao United, era muito habilidoso, driblava muito e isso era bom para o espetáculo, mas o futebol é mais do que isso. Quando queres atingir algo no futebol, tens de ser mais eficaz e eu comecei a ver exemplos como Ryan Giggs e Paul Scholes e retirei boas ideias deles. Claro que nunca serás um futebolista sem talento, isso é o principal, mas há outras coisas que considero mais importantes, como a ética de trabalho. Foi a isso que me dediquei toda a vida e a minha longevidade fala por si, continuo a jogar a um nível alto. Com a minha idade, tens de ir fazendo um trabalho específico para manter o nível e é isso que tenho feito, não só pelo futebol, mas pela minha saúde”.
O que pensa das queixas sobre a sobrecarga do calendário: “Depende, eu tenho a minha própria forma de ver estas coisas. Não sou treinador nem nunca o serei. Talvez um dia presidente de um clube, talvez dono. Se serei proprietário? Provavelmente, logo vejo, depende do momento e da oportunidade. Clube em mente? Alguns, mas ainda não sei. Quanto ao calendário, acho que os clubes devem cuidar mais dos jovens. O que quero dizer com isto é que os clubes querem explorar o seu talento para terem resultados e isso é normal, as grandes companhias fazem igual, como acontece com Jude Bellingham ou Lamine Yamal – e eles ainda podem jogar a um alto nível na minha idade, mas terão de sacrificar muito. Os clubes devem cuidar mais deles e não os explorar tanto fazendo-os jogar 70 jogos por ano, mesmo com as seleções”.
Como resolver este problema? “Se virem entrevistas de alguns jogadores, eles reclamam da quantidade de jogos e eu concordo, mas acho que a única forma de combater isto é que devemos reduzir os treinos, ou então treinar de forma inteligente. Não é preciso correr três ou quatro quilómetros por treino, vamos fazer isso no jogo, por isso se fizermos treinos específicos, penso que teremos menos lesões e mais qualidade nos jogos. Quando digo treinar menos, é treinar de uma forma mais inteligente”.