Livro de memórias de Eriksson relata risco de bancarrota: "Tive de colocar à venda a minha casa"
Ex-treinador do Benfica faleceu em agosto
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"A wonderful journey" (Uma viagem maravilhosa), livro de memórias de Sven-Goran Eriksson, falecido em agosto aos 76 anos, será publicado no próximo mês e os excertos já conhecidos contêm algumas revelações.
Uma novidade é que foi burlado pelo empresário Samir Kahn e esteve à beira da falência: "Passei por vários problemas na minha vida e o Samir foi o pior. Ele tinha a responsabilidade de gerir o meu dinheiro e, em vez disso, fez-me perder 10 milhões de euros. Processei-o, ganhei em julgamento, mas nunca tive o meu dinheiro de volta. É verdade que ganhei muito dinheiro na minha carreira, mas, nessa altura, estive perto da bancarrota, passei por alguns problemas. A culpa foi minha, eu era muito ingénuo. Tive azar, mas fui um idiota que deixou o Samir fazer exatamente o que queria. Quando me apercebi de tudo nem conseguia acreditar que se tratava de tanto dinheiro que tinha perdido. Senti-me um estúpido por tudo o que aconteceu. O meu interesse por dinheiro era zero, mas foi longe demais, até tive de colocar a minha casa na Suécia à venda".
Estas revelações explicam o facto de ter aceite trabalhar em países de segunda e terceira linha no futebol internacional, mas com poder financeiro, tais como Tailândia, Emirados Árabes Unidos, China e Filipinas.