Sérgio Conceição comenta situação de David Carmo: "Houve mau comportamento"
Declarações de Sérgio Conceição, treinador do FC Porto, em conferência de Imprensa de antevisão ao jogo com o Leixões (sábado, 20h30), a contar para a Taça da Liga
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David Carmo: "O treinador é pago para enfrentar desafios. Tem sido uma verdade, temos tido ao longo da época alguns jogadores impossibilitados, a nível físico e por castigo. Mas não é só no setor defensivo. Temos de olhar para isso como desafio e sermos capazes de forma inteligente ir ajustando e colmatando ausências. Gostamos de ter todos à disposição, tem sido difícil. Quanto ao atleta que frisou. É sabido, porque hoje, infelizmente, a Comunicação Social sabe de forma muito rápida, muitas das vezes não na verdade na sua totalidade, mas muito rapidamente, as notícias vêm cá para fora. É um facto que a nível disciplinar houve mau comportamento do atleta. A nível desportivo acho que tem de competir e neste momento está atrás não só a nível emocional como técnico-tático de outros jogadores da equipa principal e poderá estar atrás de jogadores da equipa B. Depende do empenho. Vai ter mais possibilidade de competir na equipa B. Depende da aplicação do atleta e do que é definido pelo Folha nesse contexto. A nível desportivo e disciplinar está abaixo do que queremos. Tem de competir para mostrar ao treinador da equipa principal que pode estar ao nível exigido."
Decisão é definitiva? "Foi algo que se passou no seio do grupo, não vou falar em público. O que é que os jogadores querem? Jogar... E o melhor espaço para ele jogar é a equipa B. Pagam-me e bem para tomar decisões. Neste momento, a nível desportivo, está abaixo. Se eu perder mais uns jogos mandam-me... [bate na mão]. Nós vivemos de resultados. O que o David tem feito nos treinos e nos jogos tem estado abaixo do que quero. E a nível emocional, atrás de cada jogador há uma máquina, que tem a ver com empresários, pessoas associadas a esses adversários... Há o mercado de janeiro que agita sempre a cabeça dos jogadores... Entendemos isso, não devemos é aceitar determinadas situações. Fui bem explícito no que disse. Jogador, treinador ou empregado do FC Porto tem de ter rendimento. A partir daí, o rendimento tem a ver, acho eu, com os tais pilares que o presidente fala sempre. E sabemos quais são: ambição, rigor, competência e paixão grande pelo que se faz. Isto nao é um mar de rosas para ninguém. Temos de ver dificuldades como desafios. Estou habituado a andar sempre a ser desafiado."
Como está o grupo perante este episódio? "O mercado, vocês sabem, fica ali à porta. Não falo do mercado, acho que não é o momento. É momento para falar da equipa do Pedro Ribeiro. Ninguém me fala da equipa do Leixões. Já falei bastante sobre esses temas que são notícia e alimentam a Comunicação Social."