Os verdadeiros efeitos desta 24.ª jornada só serão avaliados após a próxima, onde o Braga-FC Porto é o jogo grande e pesará no título e na Champions. Por falar nisso, pelo meio há decisões europeias...
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Quando se discute a redução do número de dias laborais para a chamada semana de quatro dias, o futebol teima em mostrar-se um universo paralelo. E contra-corrente em relação ao estafado discurso dos treinadores de só pensarem num jogo de cada vez.
Tendo arrancado na sexta-feira, com o triunfo do FC Porto sobre um Estoril que dificultou mais do que o esperado a tarefa dos dragões, só no próximo domingo se perceberão em pleno os efeitos desta 24.ª jornada e dos dois "mata-mata" europeus que portistas e sportinguistas terão pelo meio. É nesse dia o jogo grande da ronda 25, um Braga-FC Porto que poderá ser decisivo na corrida ao título mas, sobretudo, na luta pela segunda vaga direta na Liga dos Campeões 2023/24. E, dependendo do desfecho, até na discussão do terceiro lugar e respetivo acesso indireto à prova milionária, guerra na qual o Sporting participa. Ainda que tenha adiado para 5 de abril a partida com o Gil Vicente, o que faz pensar se a semana terá só dez dias...
Seja como for, para o FC Porto esta é uma daquelas semanas longas de que atletas e treinadores gostam, por significar estarem em várias frentes, mas essa perspetiva idealista não apaga a responsabilidade e riscos da dupla decisão da Champions - com o Inter, amanhã, e o Braga, domingo. Já o líder Benfica tem, aparentemente, dias mais tranquilos, mas sábado recebe o V. Guimarães e não terá Aursnes. A forma como o norueguês levou as mãos à cabeça ao ver o amarelo ilustra a importância que sabe ter no onze de Schmidt e como já pensava no jogo seguinte. Algo que o treinador alemão pareceu realmente não fazer, ao mantê-lo em campo...