Amanhã começará a perceber-se o quanto pesará esta paragem para seleções. O clássico pode ser um castigo grande, mesmo empatado
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1 - Arriscamo-nos a ver um novo campeonato daqui em diante.
O futuro imediato da liga sairá do deve e haver deste calendário que desrespeita o repouso dos artistas.
Não totalmente novo, mas diferente. E que ameaça começar já amanhã, com um clássico em Alvalade a culminar quase duas semanas de paragem para seleções e muitos acontecimentos com impacto no Sporting e no FC Porto. Nos leões, a proverbial "estrelinha" de Rúben Amorim parecia estar com brilho intenso quando lesões com aparência de resolúveis pouparam a jogadores fundamentais minutos e quilómetros de desgaste.
Afinal, o brilho pode ter-se tornado intermitente, a confirmar-se que Pote corre sérios riscos de não ir a jogo. Saiu Nuno Mendes e Sarabia só terá um treino antes de um duelo em que perder pode significar ficar a cinco pontos do Benfica, que até joga antes, e empatar poderá resultar em quatro de atraso... Para uns, como para outros. Do lado portista, a novela colombiana do (mais um!) rocambolesco regresso pode até nem ser um drama total: de "cabeça limpa" pelo fecho do mercado, "frescos" e motivados, Sérgio Oliveira e Corona são trunfos de peso para este campeonato pós-"reset". O futuro imediato da liga sairá do deve e haver deste calendário que desrespeita o repouso dos artistas.
2 - Noronha Lopes protagonizou ontem um daqueles momentos em que apetece dizer "só neste país". Deu uma conferência de imprensa para dizer que não é candidato às eleições do Benfica e o país mediático parou para o ouvir e de seguida espalhou a "não-palavra" e as críticas que o "não-candidato", aproveitando o embalo, teceu. Está por saber se foi um fim em si mesmo ou ponto de partida para terceiros. Mas por agora, o que apetece dizer é "só neste país".