Roberto Martínez, que não vê o jogo com palas, viu o que valia Jota Silva
PONTAPÉ PARA A CLÍNICA - Um artigo de opinião de José João Torrinha
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Já lá cantava Frank Sinatra: “Os contos de fadas podem tornar-se realidade, pode acontecer-te a ti”. Na quinta-feira, no D. Afonso Henriques, assistimos a um, ao vivo e a cores. Quando Jota Silva pisou o relvado, cumpriu-se o sonho. Do Sousense à Seleção Nacional. Das profundezas das divisões amadoras ao topo do futebol luso.
O conto de fadas só não foi perfeito porque, ao cair o pano, o guarda-redes sueco não deixou. Tivesse a bola entrado e o estádio tinha vindo mesmo abaixo. Sim, porque os muitos vitorianos que foram ao jogo sentiam a presença do nosso avançado como um ato de justiça ao seu próprio emblema. Por isso se empolgaram até quando ele saiu para aquecer. Por isso entoaram em uníssono o seu nome nas bancadas. Porque a presença daquele homem em campo era o símbolo de algo maior do que a mera estreia de alguém com as cores da seleção do seu país. Foi bonito.