Gonçalo Ramos, Paulinho, Otávio, Banza e Safira deixaram os nomes gravados nos resultados das respetivas equipas.
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Esta foi uma jornada que começou verdadeiramente... na anterior, onde além dos resultados - caso das derrotas de FC Porto e Braga -, também as dificuldades - do Benfica, em Vizela - levantaram questões a pedirem respostas urgentes.
Não só pelas discussões que estão a decorrer em simultâneo no topo da tabela (título e entrada direta e indireta na Liga dos Campeões) mas também pelos objetivos europeus que ainda constam do "GPS" dos três grandes. Por isso, esta ronda apresentava-se como uma espécie de tira-teimas para alguns.
O primeiro destes a entrar em campo foi o Benfica, que aproveitou a antecipação motivada pelo jogo de hoje com o Brugge, para a Champions, para passar a pressão aos perseguidores. A vitória sobre o Famalicão não esteve em causa - a equipa de João Pedro Sousa mereceu elogios pela forma como não abdica dos seus princípios, mesmo na Luz - mas durante cerca de uma hora foi pela expressão mínima. Até que Gonçalo Ramos, já nos descontos, bisou, regressou ao comando da lista de goleadores do campeonato e tornou-se um dos protagonistas da ronda, que teve novas histórias no dia seguinte e, curiosamente, nos relvados mais distantes da geografia da I Liga em solo continental. Em Portimão, o nome grande do triunfo leonino foi... um diminutivo: Paulinho entrou, viu e marcou o solitário golo (e que golo!) que compensou o penálti "para as nuvens" de Pote e manteve a equipa de Rúben Amorim atrelada ao trio da frente. É sabido que a tensão competitiva é das melhores fontes de motivação e daqui a dois dias o Sporting vai precisar de a aliar ao seu melhor jogo na receção ao Arsenal, líder da Premier League.
Quem estava mais necessitado de provar que sofrera meros percalços eram, no entanto, FC Porto e Braga, batidos na semana anterior por Gil Vicente e V. Guimarães. Os dragões, em Chaves, trataram de assegurar os três pontos desde cedo e mesmo que a espaços não tenham mostrado a sua melhor versão, num jogo algo confuso, não viram o triunfo ser posto em causa. E se Namaso escreveu o primeiro episódio desta partida, foi Otávio quem deixou a sua marca - no resultado e na influência no jogo portista. Os bracarenses continuam colados aos dragões na tabela, com Banza a assinar um golo (o 2-0) para ser revisto nos resumos ao longo da semana, afastando o fantasma da derrota com o grande rival minhoto. Por ocupar o último vagão europeu, mas pela carreira recente, o V. Guimarães tem direito a dupla referência - em conjunto com o empate do Arouca, viu-se mais folgado no quinto lugar mas, acima de tudo, forneceu mais uma das figuras da jornada, Safira, que parece ter redescoberto todo o seu valor. Marcou cinco vezes nas últimas seis jornadas e o bis de domingo significou, como nas restantes três partidas, a diferença entre um empate e uma vitória para os conquistadores.