JOGO FINAL - Uma opinião de João Araújo
Corpo do artigo
Neste futebol que adotou conceitos e linguagem economicista (por que deixámos os economistas "mandarem" no mundo continua a ser um mistério...), também os treinadores passaram a ser considerados gestores - há quem chame "ativos" aos jogadores... - e a verdade é que o termo tem plena aplicação em face dos desafios que lhes são colocados quase diariamente.
Lesões, castigos e opções permitem projetar alterações nos três grandes, que têm ainda em comum o facto de jogarem todos hoje. Sem licença para descansar, estão aí as dificuldades.
Sérgio Conceição vem de imediato à lembrança, pela otimização de recursos que tem feito desde que chegou ao FC Porto e nem agora que parece, por fim, ter-se aberto a torrente do reconhecimento profissional ao treinador portista este tem a vida mais facilitada. A baixa de Otávio nem é uma novidade esta temporada, mas agora está-se em plena velocidade (elevada) de cruzeiro, com provas internas e europeias a sucederem-se, jogo sim, jogo sim...
Schmidt e Amorim também vão mudar, como os minutos dados nos recentes jogos a Musa e Diogo Gonçalves, no Benfica, e Paulinho, no Sporting, permitem intuir. Esta jornada, até pela coincidência de colocar em campo os três grandes no mesmo dia, representa uma espécie de pontapé de saída no campeonato da gestão. Sob avaliação estarão a capacidade dos treinadores para responderem a imprevistos, a dos jogadores que forem lançados a jogo para corresponderem às expectativas e à própria riqueza e profundidade dos plantéis.
Hoje, possivelmente, já ficaremos com ideias mais exatas a propósito de recursos, gestão dos mesmos e se os ativos que estavam no banco valorizam ou desvalorizam, mesmo tratando-se de futebol.