De repente, uma época potencialmente de fracasso pode dar dois troféus ao treinador que a iniciou no possível campeão português – Sporting – e vai acabar no possível vencedor da Liga Europa – Manchester United
Corpo do artigo
Já esteve numa final europeia quando jogava no Benfica, há 11 anos, volta agora a poder disputar um título internacional como treinador, naquela que é uma verdadeira pedrada no charco de uma temporada que o próprio reconhece ter ficado abaixo das expectativas. Mas há que ter cuidados na análise ao trabalho de Rúben Amorim desde que chegou a Old Trafford. Erik ten Hag, o seu antecessor, teve dinheiro para construir um plantel capaz de andar nos primeiros lugares, mas quando se verificou o seu despedimento a esmagadora maioria dos adeptos do clube reconhecia erros no planeamento e até falta de qualidade de alguns elementos para projetar os red devils para os lugares tradicionais.
É verdade que o treinador português não conseguiu acrescentar grandes resultados. A campanha na Premier League é uma deceção em toda a linha, mas percebe-se agora que, hipotecadas quaisquer possibilidades de chegar aos lugares de acesso à UEFA, a grande prioridade passava pela Liga Europa. As meias-finais apresentaram um desafio tremendo, frente a um Athletic Bilbau que demonstra competência em Espanha e que queria muito atingir a final que se disputa no seu estádio. Mas San Mamés foi silenciado por Bruno Fernandes e companhia e, na segunda mão, o United confirmou a superioridade, fechando a eliminatória com concludentes 7-1. A possível conquista do troféu salva a época do gigante de Manchester e dá a Rúben Amorim outro impacto em Inglaterra. Dá-lhe também a hipótese de ganhar dois títulos em 2024/25: ser campeão no Sporting e ganhar um grande troféu em Manchester. Esses méritos ninguém lhe pode tirar.