JOGO FINAL - Uma opinião de João Araújo
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1 - Faz bem Schmidt em "meter gelo" na maré vermelha, porque antes de esperar por uma escorregadela do FC Porto na receção ao Casa Pia, ao Benfica compete ganhar em Portimão. E, sublinhou, a equipa de Paulo Sérgio vai jogar descontraída, embora com o aliciante de estragar a procissão ao candidato que vai no maior andor.
Autoconfiança é a palavra chave do discurso do técnico do Benfica, independente de terceiros nesta reta final de campeonato, onde Varandas veio introduzir um tema... disruptivo!
É improvável, mas nos dois últimos anos ímpares as águias perderam com o Portimonense. E em 2019, com dois autogolos, de Rúben Dias e Jardel... O que não as impediu de festejarem esse título. Acreditará o alemão em bruxas...?
2 - Sendo a arbitragem a maior arma de arremesso do futebol (e há árbitros que se "oferecem" em sacrifício), é impossível não levantar as orelhas ao ouvir falar dela. Ontem, o treinador do Benfica elogiou Soares Dias e isso tanto soa a afirmação banal como a subtil "escovadela"... Nada que se compare ao dito pelo presidente do Sporting na véspera, ao reclamar arbitragem mais independente e transparente, fora da FPF, para que nenhum clube a possa influenciar.
Varandas sabe que o Regime Jurídico obriga Arbitragem e Disciplina a estarem sob a alçada federativa, por isso, ao exemplificar com a Premier League, onde pretende chegar? Pode garantir que uma empresa privada a gerir o setor fará melhor, será mais independente e, sobretudo, transparente? Ou, ao adotar postura quixotesca, quer é bater na tecla da imunização dos juízes a "ameaças e coações", música para os ouvidos deles? O campeonato está a terminar, mas nunca é demasiado tarde nem demasiado cedo para colher o que se planta.