JOGO FINAL - Uma opinião de João Araújo
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Gémeos na escassez de reforços dados aos respetivos treinadores no que vai de defeso, FC Porto e Sporting estão, ainda, unidos pela curiosidade de a única cara nova do plantel ser um avançado - Fran Navarro nos dragões, Gyokeres em Alvalade.
Supertaça será discutida entre um Benfica com uma boa dose de imprevisibilidade, devido aos reforços, e um FC Porto "vintage", saído da última época e já bem oleado.
Pelo pouco - e em simultâneo muito! - que se viu até agora do sueco, é fácil perceber que depressa polirá o atraso na preparação física e será aposta de Rúben Amorim desde início, no que constituirá um desencontro destes "irmãos", pois dificilmente o espanhol arrancará a temporada entre as primeiras escolhas de Sérgio Conceição, sobretudo a manter-se o atual quadro de concorrentes para o lugar.
O primeiro jogo oficial agiganta-se no horizonte, sendo o dos dragões a Supertaça, daqui a uma dúzia de dias, diante de um Benfica que está bastante mais avançado no que à pré-temporada e integração de novos jogadores diz respeito - Jurásek, Kokçu e Di María chegaram, viram e... já jogaram várias vezes com os novos companheiros. À exceção de Otamendi, que só agora começa a treinar integrado, as águias planam acima das referidas dificuldades dos crónicos rivais e até à derrota no Restelo com o Burnley tudo era uma espécie de sonho cor-de-rosa. Melhor agora do que quando for a doer!, diz-nos a tradicional filosofia de pré-época, mas se há outra coisa que ela também nos ensinou é que nada ou quase nada do que vemos nesta fase pode ser tomado como verdade absoluta.
Hoje, o FC Porto vai ensaiar a equipa que defrontará o Benfica em Aveiro, vinda diretamente do passado recente e colocando o primeiro troféu oficial num plano de confronto entre a consistência de um onze rotinado e a imprevisibilidade de outro reforçado.