O processo arrasta-se no tempo e nesta história há, por enquanto, claros prejudicados: a equipa do Sporting e o técnico Rui Borges. Mas a procissão ainda vai no adro e haverá vida depois do “monstro” sueco
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Se o futebol fosse uma ciência exata não teria a mesma piada, mas tudo já estaria clarificado no que diz respeito ao processo de saída de Gyokeres de Alvalade. O Arsenal tão depressa avança como recua, isto perante uma postura intransigente de Frederico Varandas, que obviamente zela pelos seus interesses e concorda com os 63,5 milhões de euros fixos da transferência, mas entende que os 10 milhões determinados como bónus são por objetivos difíceis de atingir e, por isso, não dá luz verde para o aperto de mão final.
Este braço de ferro tem impacto, naturalmente, na estabilidade emocional do futebolista, o principal interessado neste tema, mas também tem reflexos inevitáveis no Sporting e, em particular, na equipa. Com a pré-época em andamento e apenas a duas semanas do primeiro jogo oficial da temporada, a Supertaça frente ao rival Benfica, o grande prejudicado de toda esta novela – com final previsto para qualquer momento, mas que se arrasta no tempo – é Rui Borges. Claro que não há conclusões definitivas a tirar do ensaio que ontem decorreu no Algarve e com resultado negativo para as cores leoninas – derrota por 2-0 frente ao Celtic, já mais adiantado na preparação –, mas há uma série de temas que o treinador quer ver arrumados e, provavelmente sem Gyokeres, desejaria ter já integrado no plantel o futuro goleador do clube. Enquanto isso não acontece, de pouco adianta assentar o modelo num 4x2x3x1 que precisa de muitas afinações, mas que estará sempre dependente do perfil do alvo que o Sporting conseguir pescar no mercado. E o tempo não joga a favor.