PLANETA DO FUTEBOL - Uma análise de Luís Freitas Lobo
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1 - Era uma vez uma princesa (perdão, uma bola) que vivia num castelo. Para provar o carinho por ela, foi com o peito que a levaram até beijar as redes pela primeira vez. Nem um minuto tinha passado desde que tinha saído para ir passear na relva. Foi um argentino, Julio “Don Juan” Álvarez, que lhe fez esse primeiro ato de amor futebolístico, estendido depois por todo o passeio (perdão, todo o jogo) no qual a equipa do Manchester City a levou sempre com todo o apaixonado respeito. Este é um conto de futebol diferente dos outros porque não tem grandes correrias, lances divididos ou outros traços do “futebolzão” intenso.
Para se perceber como do outro lado, mesmo sem conquistar a princesa, estava outra equipa, o Fluminense, que entedia a realidade da vida dentro dum relvado da mesma forma, basta dizer que após esse início (a sofrer logo um golo) a sua resposta imediata foi ter a posse da bola, em sucessivos passes, construindo desde trás a sair da pressão em toques curtos, durante dois minutos e meio. A diferença de qualidade na chamada objetividade do... último passe (e, claro, do golo) marcaria a diferença no resultado mas, na ideologia, Guardiola e Fernando Diniz nunca estiveram tão próximos.