Em novembro e dezembro deste 2022, quando todas as seleções estiverem no Catar, por cá estaremos a "dar calor" à Taça da Liga.
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1 Aproveitar a pausa obrigatória do Mundial"2022 (21 de novembro a 18 de dezembro) para condensar toda a Taça da Liga e, com isso, manter as equipas profissionais em atividade, apesar de parte dos seus elementos poderem estar ao serviço das suas seleções, é uma excelente ideia.
Será a melhor forma de aproveitar a mais jovem competição de futebol em Portugal, conforme poderá ler nesta edição, umas páginas mais à frente. Mas não será, naturalmente, algo que acontecerá apenas em Portugal. Todas as restantes ligas estão a preparar competições e torneios particulares para o período em que os campeonatos estão obrigados a parar para que a FIFA cumpra um sonho bastante egoísta - um Mundial durante o inverno europeu, onde está a maior indústria do pontapé na bola - e com o um único objetivo: o lucro.
Ora, a FIFA ainda é uma confederação mundial, uma entidade que ainda responde a desígnios associativos, e os seus sócios (ou será melhor começar já a chamar-lhes acionistas?) são ainda entidades (federações e associações regionais) que, pelo menos nos territórios civilizados, onde impera o estado de Direito, estão obrigadas a cumprir legislação que regula a associativismo desportivo. Bem sei que esse princípio associativista tem que moldar-se, mais rapidamente, às exigências do profissionalismo, que isto de não ser carne nem peixe é algo que, entre outras coisas, permite nesgas a mais nas dinâmicas de todo o mundo do futebol. E quando há uma vírgula fora do sítio ou uma ação que se perde nos emaranhados da intrincada convivência da justiça desportiva com a justiça comum... bem, vocês sabem bem tudo o que pode acontecer.
2 Triunfo épico do V. Guimarães sobre o Braga. Nada como ver o futebol à britânico, esquecendo os grandes e deixando o foco na arte.