Fernando Santos anda atarantado com a permeabilidade da Seleção, que no seu ideal é um bloco quase impenetrável. Os alertas têm-se sucedido e os alvos estão em todos os sectores da equipa
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1 - Portugal joga hoje no Azerbaijão um passo importante rumo à presença no Catar, no Mundial de inverno do próximo ano, e poucos duvidarão - para não dizer ninguém - da qualificação da Seleção Nacional neste grupo, em primeiro ou em segundo (e então se lamentará de novo o golo de Ronaldo na Sérvia que não valeu).
Mesmo tendo em conta que já não há jogos fáceis... Claro que Fernando Santos está atarantado porque os últimos resultados abalaram o seu conceito de futebol construído a partir da solidez defensiva.
Mesmo tendo em conta que já não há jogos fáceis... Claro que Fernando Santos está atarantado porque os últimos resultados abalaram o seu conceito de futebol construído a partir da solidez defensiva e por isso tantos alertas, jogo após jogo, conferência após conferência. Alertas que não são dirigidos à defesa mas a toda a equipa, porque o ponta de lança é o primeiro defesa (exceto se for Ronaldo e bem, como se viu com a Irlanda) e o que está em causa é o processo e não um sector específico. Daí o selecionador ter sublinhado a importância da reação à perda de bola.
Sim, Portugal tem hoje um compromisso importante, mas no subconsciente, ou já à tona das preocupações e debates, está o clássico de sábado entre leões e dragões. E que, sejamos sinceros, começou ainda antes da janela de seleções, quando se fecharam as portas à viagem de vários e fulcrais elementos na manobra de Rúben Amorim. O jogo da Seleção terá esse outro aliciante pela presença de Palhinha e Pepe em campo. Porque a última coisa que Sporting e FC Porto quererão será ter de reagir à perda de qualquer deles. Mesmo tendo em conta que o trio de leões que ficou em terra está em vias de ser dado como apto...
Dizer que um Mundial a cada dois anos banaliza a competição é a mais pura visão de adepto.
2 - O presidente da UEFA tem um lado de paladino dos valores mais "nobres" do futebol que entusiasma. Dizer que um Mundial a cada dois anos banaliza a competição é a mais pura visão de adepto. Mas depois surge o seu grande aliado e presidente da Associação Europeia de Clubes a dizer que trabalham para "um futebol mais justo e equilibrado". Sim, o presidente do PSG.