Encontrar um ponto de equilíbrio entre a motivação de Diogo Costa, a saúde física dos jogadores-chave e a descarga emocional de Cristiano Ronaldo pode ser o grande trunfo da Seleção Nacional no duelo com a França
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Diogo Costa tocou o céu com aquelas três defesas no desempate por penáltis contra a Eslovénia, depois de ter travado de forma incrível, com o pé esquerdo, uma investida de Sesko após erro de Pepe que quase ditava o adeus de Portugal ao Europeu. Todos correram para abraçar o novo herói da Nação, que com um discurso humilde, no final do jogo, foi dizendo que tudo é obra do trabalho.
Não é só isso, caro Diogo. É obra do trabalho, sim, mas também de muito talento e de uma mentalidade fortíssima, que só os melhores conseguem atingir. O futuro tem tudo para ser brilhante. Momentos antes, Cristiano Ronaldo protagonizara momento raro: num lance em que é especialista, não conseguiu bater Oblak. Ou melhor, o guarda-redes esticou-se até ao limite para travar o penálti colocado da grande estrela da Seleção Nacional. Não caiu o Carmo e a Trindade porque Portugal passou, mas o céu desabou em cima do homem-golo de Portugal, que vai lutando contra a ansiedade de se estrear a marcar nesta grande competição. Encontrar um ponto de equilíbrio entre a motivação de Diogo Costa, a saúde física dos jogadores-chave e a descarga emocional de CR7 é por estas horas o grande desafio de Roberto Martínez. Talvez esteja aí o ás de trunfo para o jogo com a França.