PLANETA DO FUTEBOL - Opinião de Luís Freitas Lobo
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1 - A melhor forma de hoje ser extremo é ser um lateral. A frase pode parecer disfuncional (a “password” da dinâmica explica-a) mas descreve como é atacar pelos flancos, ir à linha e cruzar (velho manual obrigatório do extremo) desmontando defesas adversárias. O lateral é, em rigor, um invasor. O extremo era um assaltante anunciado. No fundo, podem ir dar a locais parecidos, mas na tipologia do jogo e posições tudo muda. Quem melhor ligar estes conceitos e reinventá-los no jogo, evitando a previsibilidade, tira vantagem.
Amorim construiu muito do seu Sporting ofensivo de trás para a frente em cima disso. Agora, para evitar que os adversários já saibam o que vai acontecer, muda a faixa do lateral de desdobramento ofensivo. Por vezes, Nuno Santos em velocidade vertical pura (como “carrillero”) ou Catamo, direita ou esquerda, com a especificidade num dos lados jogar com “pé trocado” a puxar para dentro, combinado com o segundo-avançado a abrir.