PLANETA DO FUTEBOL - Um artigo de opinião de Luís Freitas Lobo
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1 Aquela bola surgiu mesmo na medida certa e levava força indefensável. O remate-bomba arqueado (desceu no momento certo) de João Mendes deu o empate ao Vitória num dérbi que a equipa encarou sem medo e decidiu-se no habitual caos dos minutos de desconto (onde o Braga perdeu de baliza aberta) depois de ter sido jogado com “travão de mão tático” pelas duas equipas que, depois, soltavam-no a atacar nos últimos metros (com a visão superior de Ricardo Horta ou a velocidade de Jota Silva).
Uma postura que mudou a mecanização criativa bracarense. Sem o seu habitual trio ofensivo, Banza-Bruma-Djaló, o refazer do setor levou a mudar a face do meio-campo, que deixou de ter Horta no centro-ofensivo como o segundo-avançado (passando a jogar desde a faixa/aberto) para desenhar um triângulo de médios, com Vítor Carvalho-Moutinho no duplo-pivô e Zalazar como elemento mais solto. Foi aqui que a habitual dinâmica ofensiva interior de trás para a frente sentiu o tal travão.