Vingegaard: "Continuo a ter ambição, mas é preciso ver como responde o corpo"
“Penso que fiz um bom contrarrelógio. Perder só 37 segundos para o Remco é um bom sinal”, estimou o dinamarquês da Visma-Lease a Bike.
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Apesar de ter perdido para o "estelar" belga Remco Evenepoel, a estrear-se na Volta a França, Tadej Pogacar ganhou 22 segundos a Roglic (Red Bull-BORA-hansgrohe) e 25 a Vingegaard (Visma-Lease a Bike).
O campeão do Giro'2024 tem agora 33 segundos de vantagem sobre Evenepoel e 1.15 minutos sobre o bicampeão em título, com "Rogla" em quarto, a 1.36.
“Penso que fiz um bom contrarrelógio. Perder só 37 segundos para o Remco é um bom sinal”, estimou o dinamarquês da Visma-Lease a Bike.
Vingegaard, que nem fez o reconhecimento do "crono" antes de hoje, voltou a mostrar-se confiante, defendendo que esperava ceder mais tempo para o seu "vice" nas últimas duas edições da "Grande Boucle".
“No ano passado, bati-o com mais vantagem [no contrarrelógio] e ter perdido só 25 segundos é positivo. Continuo a ter ambição, mas é preciso ver como responde o corpo. A etapa de hoje era aquela em que pensava que perderia mais tempo”, admitiu.
Diariamente, o líder da Visma-Lease a Bike vai insistindo que esperava estar mais atrasado em relação a Pogacar, numa alusão à sua convalescença após a queda grave que sofreu na Volta ao País Basco no início da abril e que o deixou duas semanas no hospital, com fratura de clavícula e várias costelas, uma contusão pulmonar e um pneumotórax.
“Acredito que esta diferença não é irrecuperável”, assinalou.
O "crono" da sétima etapa deixou, aparentemente, os principais favoritos confiantes, nomeadamente Primoz Roglic, que fez um exercício de menos a mais e foi terceiro na meta.
“Fiz tudo o que podia, pelo que estou contente com a minha performance. É um bom sinal para o que vem a seguir. Estou otimista, contente e desejoso de ver o que acontece daqui em diante”, disse o esloveno de 34 anos.
A 111.ª Volta a França tem, assim, após a sétima etapa, os "Big 4" nos quatro primeiros lugares da geral, com Evenepoel a ser mesmo a grande surpresa.
“Não estávamos a pensar nas diferenças na geral, só queríamos vencer a etapa, e isso está feito. Foi um dia perfeito para mim e para a minha equipa. Ganhei tempo aos outros, por isso missão cumprida”, declarou o belga.
"Vice" da geral, o vencedor da Vuelta'2022 admite, ainda assim, que Pogacar é “inalcançável”.
“À medida que passam os dias, melhor me vou sentir. Provavelmente, iremos focar-nos mais no pódio. Temos de lutar por isso, porque penso que tenho as pernas necessárias. Só temos de continuar e desfrutar deste Tour”, concluiu o belga, que aos 24 anos completou hoje a trilogia de vitórias em grandes Voltas.