UCI abrandou as regras do covid no Tour

A um dia do arranque da Volta a França, a União Ciclista Internacional (UCI) optou por abrandar as regras do controlo sanitário em termos de covid-19, passando a exclusão de equipas a acontecer ao segundo caso envolvendo ciclistas. Assim, uma equipa só será obrigada a retirar-se se tiver dois ciclistas testados positivo no período de sete dias. Antes, a regra era mais abrangente e incluía todos os elementos ligados à equipa, ou seja uma trintena de pessoas. De todo o modo, este novo esquema apresentado pela UCI ainda terá de ser validado pelas autoridades sanitárias.

"A comunicação da UCI refere-se às três grandes Voltas, Espanha, Itália e França, mas são as leis nacionais que prevalecem", comentou o diretor do Tour, Christian Prudhomme. "Antes que esta comunicação da UCI seja validada para o território francês, é preciso que as autoridades o confirmem", disse ainda.

A UCI explica que a revisão parcial da política sanitária está virada para a "vontade de otimizar a interpretação de um teste positivo de diagnóstico viral e de confirmar que corresponde mesmo a uma infeção recente por coronavírus". Uma avaliação médica global permitirá avaliar o caráter contagioso ou não do ciclista, ou elemento da equipa, para eventual aplicação de disposições complementares.

"No caso de dois ou mais corredores serem positivos para covid-19 no seio da mesma equipa e num período de sete dias, a UCI dará autorização ao organizador da prova para decretar a retirada da equipa, na condição de a avaliação médica global confirmar os casos positivos", explica a UCI.

Aquele que for confirmado positivo será isolado de acordo com as regras sanitárias e deixará a prova. A medida aplica-se também na eventualidade de não ser possível fazer testes complementares e avaliação médica global.

Até ao momento, há dois casos de covid-19 no Tour, ambos na belga Lotto Soudal, mas não são ciclistas. Os dois foram enviados para casa, assim como outros dois elementos que partilhavam quarto com eles.