A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF) revelou esta segunda-feira que a Rússia vai continuar impedida de competir internacionalmente por um período que vai contemplar os Mundiais de Londres, de 4 a 13 de agosto.
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Segundo a IAAF, o grupo de trabalho independente criado para analisar o doping sistemático -- e patrocinado pelo Estado -- no atletismo russo considera que a federação do país do Leste europeu "ainda não está preparada" para a sua readmissão.
Rune Andersen, presidente da comissão que acompanha os requisitos para a reintegração da Rússia, reconhece que houve "numerosos avanços positivos", mas no relatório apresentado ao conselho da IAAF defende que a federação ainda "não está preparada" para que a suspensão seja levantada.
Em janeiro o dirigente reuniu-se com o presidente da federação russa, Dimitri Shlyakhtin, o coronel Zherdev, membro do comité de investigação da federação russa, o meio-fundista Andrey Dmitriev e o novo ministro do desporto, Pavel Kolobkov.
Apesar da evolução, o grupo de trabalho diz ter detetado "alguns acontecimentos negativos" desde o seu último relatório ao conselho, em dezembro, nomeadamente "comentários pouco uteis realizados recentemente por alguns responsáveis do desportorusso".
"A federação russa continua a sentir dificuldades práticas e legais para fazer cumprir as sanções provisórias de dopagem. Continua a haver análises muito limitadas aos atletas em provas nacionais, bem como incidentes preocupantes quando as provas estão em curso", justificou.
O atletismo russo está suspenso desde novembro de 2015 por doping, pelo que os seus competidores falharam os Jogos Olímpicos Rio'2016, sendo que não poderão também apresentar-se nos Europeus de pista de Belgrado em fevereiro, nem aos Mundiais de agosto em Londres.
A IAAF autoriza os atletas russos a competir a título individual caso sejam submetidos a controlos de doping independentes.